Nesta quarta-feira (14), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou que neste último mês de junho, o volume de vendas do comércio varejista recuou 1,0% na comparação com maio.
No mês anterior, a variação havia sido de 0,9%. A média móvel trimestral variou 0,2% no trimestre encerrado em junho. Além disso, o comércio varejista subiu 4,0% em relação a junho do ano passado.
Por fim, o IBGE informou que o acumulado no ano de 2024 chegou a 5,2% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 3,6%.
A economista Ariane Benedito, especialista em mercado de capitais, conversou exclusivamente com o portal da BM&C News e analisou o indicador brasileiro.
A economista comentou que, apesar da queda, o desempenho do comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, materiais de construção e outros setores, apresentou uma “expansão de 0,4% com ajuste sazonal”, o que ameniza o impacto negativo da retração geral.
Benedito destacou que o varejo ampliado acumula um crescimento de 2% no ano e 4,3% em comparação ao mesmo período de 2023. “Esse desempenho positivo, aliado ao crescimento da indústria e dos serviços, reforça a percepção de um primeiro semestre forte para a economia brasileira”, afirmou.
Por fim, a economista ressaltou a diversificação do consumo, que não está restrito a itens básicos. “Setores como combustíveis, móveis e eletrodomésticos, além de artigos farmacêuticos, mostraram crescimentos importantes”, observou Benedito. A retomada do consumo em materiais de construção, após uma queda em maio, é um sinal positivo que reforça a confiança na economia e sugere uma recuperação mais ampla nos próximos meses.