O Comitê Olímpico do Brasil (COB) celebrou um marco histórico nas Olimpíadas de Tóquio, há três anos, com um total de 21 medalhas. Cheios de expectativa, os dirigentes gostariam de ver o Time Brasil superar esse recorde em Paris. No entanto, a delegação brasileira voltou com 20 medalhas – 3 de ouro, 7 de prata e 10 de bronze.
Apesar do desempenho inferior ao esperado, o COB viu um aumento significativo em sua arrecadação e nos investimentos no esporte olímpico. A expectativa era alta para que a delegação brasileira alcançasse ou superasse os números conquistados em Tóquio, mas a missão se mostrou mais difícil do que o previsto, resultando em uma posição abaixo das metas iniciais no quadro de medalhas.
Por Que o Desempenho em Paris Não Superou o de Tóquio?

O Time Brasil conseguiu melhores resultados em comparação às Olimpíadas Rio-2016, mas não em número de medalhas de ouro. No ciclo olímpico mais curto, de três anos, devido à pandemia, os investimentos do COB cresceram significativamente, passando de R$ 160 milhões em 2022 para R$ 250 milhões em 2023, com uma previsão de alcançar R$ 225 milhões até o final deste ano.
No entanto, alcançar o degrau mais alto do pódio se mostrou desafiador, e a delegação brasileira terminou o evento com menos ouros e pratas em relação a Tóquio. Fatores diversos influenciaram este resultado.
Quantas Medalhas Conquistou o Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024?
Em Paris, o COB tinha como meta terminar entre o décimo e o vigésimo lugar no quadro de medalhas, de preferência no top 10. No entanto, a delegação fechou sua participação com 20 medalhas, sendo 3 de ouro, 7 de prata e 10 de bronze. Este resultado ficou aquém das expectativas e do desempenho em Tóquio.
Quais Foram as Principais Dificuldades Enfrentadas Pelos Atletas Brasileiros?
O esporte é repleto de incertezas e, nos Jogos Olímpicos, estas se amplificam. Sebastian Pereira, gerente de alto rendimento do COB, estimou entre 80 a 90 as possibilidades de pódio em Paris, mas muitos atletas ficaram próximos, sem alcançar a medalha. Contratempos, como na ausência de ondas no Taiti para Gabriel Medina, também impactaram negativamente.
- Lesões de atletas importantes, como Alison dos Santos, Daniel Cargnin e Mayra Aguiar, prejudicaram o desempenho.
- Expectativas frustradas em esportes como vela e natação, que voltaram sem medalhas.
- Desempenho abaixo do esperado de esportes coletivos, como o vôlei masculino e o futebol masculino, que nem se classificou.
Investimentos e Projeções para o Futuro
O COB aumentou significativamente os investimentos no ciclo olímpico que termina em Paris, totalizando aproximadamente R$ 730 milhões. Destes, R$ 52 milhões foram para a Missão Paris e R$ 44 milhões para a Missão pré-Paris. Mesmo com os investimentos, foram encontrados vários desafios.
Ney Wilson, diretor de esportes de alto rendimento do COB, destacou que pequenos detalhes foram cruciais e que alguns contratempos impediram o Brasil de bater o recorde de ouros e de medalhas.
Para Rogério Sampaio, chefe da Missão Paris, os contratempos e fatores não controláveis fizeram a diferença. No entanto, acredita que o resultado foi bom, com uma nação orgulhosa dos seus atletas.
Conclusão do Desempenho Brasileiro em Paris
A participação do Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024 trouxe resultados mistos. Se por um lado houve um aumento no número total de medalhas em comparação a Rio-2016, por outro o desempenho ficou abaixo do esperado em termos de ouros. Com altos investimentos e um ciclo olímpico atípico, os desafios foram inúmeros, mas a determinação dos atletas foi visível.
O esporte brasileiro continua evoluindo, e o COB trabalhou intensamente para proporcionar as melhores condições para os atletas. Agora, com os olhos voltados para os próximos desafios, a preparação para futuras competições promete ser ainda mais intensa e focada.