Durante o evento da Warren Institucional Day nesta segunda (12), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, foi um dos convidados e destacou em seu painel que o Brasil “ficou caro antes de ficar rico”, enfatizando a necessidade de um rigor fiscal para corrigir essa distorção.
Segundo Alckmin, o governo está comprometido em cumprir esse rigor, o que trará mais investimentos, reduzirá o desemprego e controlará a inflação. Ele salientou que a inflação não é socialmente neutra, afetando de forma desproporcional aqueles que não possuem capital, e que o rigor fiscal deve ser visto como uma medida social, não meramente econômica.
Após esse tema, ele falou sobre o rigor fiscal, que não deve ser visto como uma medida meramente econômica, mas sim como uma estratégia social, pois seus benefícios atingem principalmente as camadas mais vulneráveis da população.
“Com o rigor fiscal, vamos ter mais investimentos, menos desemprego e menor inflação. A inflação não é socialmente neutra; ela afeta muito mais aqueles que não têm capital, apenas salário. Por isso, o rigor fiscal é social, não é economicista”, afirmou Alckmin, enfatizando que o governo está comprometido em cumprir o arcabouço fiscal estabelecido.
O vice-presidente também frisou a importância da inovação e da sustentabilidade para a indústria brasileira, mencionando que o governo está direcionando recursos substanciais para estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação, através de instituições como o BNDES, Finep e Embrapii. “Temos R$ 66 bilhões para fomentar uma indústria mais inovadora e verde, com foco na descarbonização e nas mudanças climáticas, como a aliança global pelos biocombustíveis”, explicou.
Alckmin ressaltou que o Brasil possui um enorme potencial na produção de biocombustíveis, destacando o sucesso da política de biodiesel, que vem crescendo ao longo dos anos e deve alcançar a meta de 15% de biodiesel no diesel em 2025. “Estamos substituindo importações de diesel dos Estados Unidos por óleo vegetal e gordura animal, grande parte proveniente da soja”, disse.
Além disso, o vice-presidente destacou as iniciativas do governo para tornar a indústria automotiva mais competitiva e sustentável. Ele mencionou que o aumento gradual do imposto de importação para veículos a combustão e a criação de cotas de importação sem imposto estão incentivando investimentos significativos no setor. “O setor automotivo deve crescer quase 10% este ano, impulsionado por um investimento de R$ 130 bilhões na mobilidade verde”, afirmou Alckmin.
Por fim, o vice-presidente abordou a relevância da reforma tributária em curso, que visa simplificar o sistema tributário brasileiro e desonerar o investimento e a exportação. “A reforma tributária traz eficiência econômica e pode fazer o PIB crescer 12% em 15 anos. O Brasil precisa dessa reforma para avançar e melhorar a competitividade de nossa indústria”, concluiu.