O Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica que atualiza diretrizes para a prevenção da conjuntivite neonatal, uma infecção ocular que afeta bebês entre 24 horas e um mês após o nascimento. A famosa conjuntiva, aquela membrana que reveste a pálpebra e cobre a esclera (a parte branca do olho), é quem sofre com a doença.
Segundo o documento, o ministério recomenda substituir o uso de nitrato de prata 1% por iodopovidona a 2,5%, eritromicina 0,5% ou tetraciclina 1%. A mudança é porque essas alternativas são mais eficazes e causam menos desconforto nos recém-nascidos.
Por que mudar a prevenção da conjuntivite neonatal?
O principal objetivo é garantir que os bebês recebam um tratamento eficaz e o mais confortável possível. O Ministério da Saúde destacou que estudos recentes comprovam que iodopovidona, eritromicina e tetraciclina são mais eficazes na prevenção de infecções oculares. Além disso, são menos irritantes para os pequenos.
Principais motivos para a mudança:
- Irritação e desconforto: O nitrato de prata, anteriormente utilizado, causava irritação e desconforto nos olhos dos bebês, podendo levar a complicações oculares. As novas substâncias, como iodopovidona, eritromicina e tetraciclina, são menos irritantes e proporcionam um tratamento mais confortável.
- Eficácia: Estudos recentes demonstraram que as novas substâncias apresentam uma eficácia superior na prevenção da conjuntivite neonatal, oferecendo uma proteção mais ampla contra diferentes agentes causadores da doença.
- Segurança: As novas substâncias são consideradas mais seguras para os recém-nascidos, com menor risco de efeitos colaterais.
- Resistência bacteriana: O uso indiscriminado do nitrato de prata pode contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana, diminuindo a eficácia do tratamento a longo prazo. As novas substâncias apresentam um menor risco de induzir resistência bacteriana.
O que é a conjuntivite neonatal?
A conjuntivite neonatal é uma infecção ocular considerada uma das principais causas de cegueira infantil, especialmente em países de baixa e média renda. Geralmente, essa condição é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que pode ser transmitida durante o parto. Se não tratada rapidamente, pode levar a complicações sérias, como perfuração da córnea e perda da visão.
Quais são os novos agentes preventivos recomendados?
- Iodopovidona 2,5%: Não apresenta problemas de conservação e tem um custo acessível, além de ser segura e eficiente.
- Eritromicina 0,5%: Menos irritante e proporciona um tratamento confortável para os recém-nascidos.
- Tetraciclina 1%: Comprovadamente eficaz e menos irritante.
Quais são os cuidados imediatos após o nascimento?
Logo após o nascimento, os recém-nascidos devem receber alguns cuidados essenciais para garantir seu bem-estar:
- Contato pele com pele: Colocar o bebê no peito da mãe ajuda na estabilização da temperatura e da respiração, além de promover o vínculo emocional.
- Prevenção ocular: A atualização das diretrizes visa garantir que a prática seja feita de maneira eficaz e confortável, usando os agentes preventivos mais seguros e menos irritantes.
A implementação das novas recomendações pelos hospitais é primordial para minimizar riscos e melhorar o bem-estar dos recém-nascidos. O Ministério da Saúde reforça que essa atualização visa proporcionar uma prevenção mais segura e menos traumática para os bebês, garantindo assim um início de vida mais saudável e confortável.