A semana no mercado financeiro global foi tumultuada, com eventos significativos moldando o cenário econômico e político. Os protestos na Venezuela e a postura neutra adotada pelo Brasil contrastaram com o reconhecimento da vitória da oposição pelos EUA, aumentando as tensões na América Latina.
Nos EUA, o Federal Reserve (FED) alimentou as expectativas de um possível corte de juros em setembro, desde que os dados econômicos permaneçam favoráveis.
Marco Prado, analista de mercado, expressou suas dúvidas sobre as promessas do FED, comparando a recente declaração ao discurso de novembro do ano passado. “O mercado de trabalho deu sinais de possibilidade de corte no curto prazo, evidenciado no Payroll divulgado hoje pela manhã”, comentou Prado.
No Brasil, o Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 10,5%, uma decisão unânime que trouxe alívio para a precificação da curva de juros. No entanto, a volatilidade continua a ser uma constante, especialmente com as ações da Petrobras, que oscilaram ao longo da semana.
O índice Bovespa conseguiu se manter acima dos 126.000 pontos, apesar dos resultados decepcionantes das grandes empresas de tecnologia. O dólar, por sua vez, continuou sua trajetória ascendente, se aproximando dos R$ 6,00, desafiando os vendidos e refletindo a força da moeda americana em meio à incerteza global.
Marco Prado destacou a complexidade do cenário: “Cargos no alto escalão, tanto na economia quanto na política, podem ser um privilégio ou um fardo”. A semana encerra com um mercado dividido entre esperança e frustração, enquanto investidores aguardam próximos movimentos econômicos e políticos.
