O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela confirmou, na madrugada desta segunda-feira, a reeleição de Nicolás Maduro. Mesmo sem a apuração total dos votos, o CNE declarou o resultado irreversível, com 59% dos 21 milhões de venezuelanos aptos a votar comparecendo às urnas.
Ataque ao Sistema: Durante o anúncio dos resultados, o CNE relatou ter sido vítima de um ataque cibernético, classificado como terrorista, que comprometeu o sistema de transmissão de dados. O órgão prometeu uma investigação detalhada, mas não forneceu informações adicionais sobre o incidente.
Confusões e Atrasos: A eleição foi marcada por confusões e atrasos, com algumas zonas de votação iniciando até uma hora mais tarde do que o previsto. Maduro usou o incidente para acusar tentativas de ciberataques destinadas a desacreditar o processo eleitoral e reforçar alegações de fraude.
Reações Internacionais:
- Bolívia: O presidente Luis Arce parabenizou Maduro pela vitória e afirmou que a vontade do povo venezuelano foi respeitada. Arce prometeu fortalecer os laços de amizade com a Venezuela.
- Chile: O presidente Gabriel Boric rejeitou o resultado, exigindo transparência total e a validação dos observadores internacionais não alinhados ao governo venezuelano.
- Estados Unidos: O secretário de Estado Anthony Blinken expressou preocupações sobre a falta de transparência na apuração dos votos e pediu uma publicação detalhada dos resultados.
- Costa Rica: O governo repudiou a eleição como fraudulenta e afirmou que trabalhará com outras nações democráticas e organizações internacionais para garantir a vontade do povo venezuelano.
- Cuba: O presidente Miguel Díaz-Canel felicitou Maduro pela vitória.
- Espanha: O ministro das Relações Exteriores José Manuel Albares pediu a apresentação dos registros de votação para assegurar resultados verificáveis.
- Guatemala: O presidente Bernardo Arévalo expressou dúvidas sobre os resultados e solicitou relatórios das missões de observação eleitoral.
- Honduras: Felicitou Maduro por sua vitória.
- Peru: O ministro das Relações Exteriores Javi Gonzales anunciou que o país não aceitará a violação da vontade popular e convocou o embaixador peruano em Caracas para consultas.
- Reino Unido: O ministério de Negócios Estrangeiros não reconheceu a legitimidade da eleição e aconselhou seus cidadãos a permanecerem em casa, se possível.
Impactos no Brasil e no Mercado:
O governo brasileiro, através do ministro Francisco Alves, afirmou que aguardará a posição da ONU sobre a eleição. Apesar de uma relação amigável entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Maduro, recentes críticas podem ter afetado a dinâmica entre os dois líderes. O impacto no mercado financeiro brasileiro ainda é incerto, com foco aguardando resultados oficiais e reações adicionais.
Conclusão:
A eleição na Venezuela continua a gerar reações divididas internacionalmente, com a legitimidade do resultado sendo contestada por diversos países e organizações. A situação ainda pode evoluir à medida que mais informações e investigações sobre o processo eleitoral se tornam disponíveis.