Nesta madrugada de quarta-feira (31), de acordo com um comunicado do próprio Hamas, Haniyeh, o principal nome do braço político do grupo terrorista, foi assassinado durante uma vista ao Teerã, no Irã, para a posse do novo presidente iraniano.
O governo israelense ainda não se pronunciou e portanto, não assumiu a culpa deste acontecido, porém, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança a Israel.
Outro grupo importante, a Guarda Revolucionária iraniana, que é o braço das Forças Armadas que responde ao líder supremo, também declarou que o país e a frente de resistência vão responder a esse crime.
Manuel Furriela, mestre em Direito Internacional, conversou com o portal da BM&C News, e analisou o impacto político do recente assassinato de um líder palestino no Irã, ressaltando a escalada de tensão e as implicações para as relações internacionais.
Furriela destacou que o assassinato acirra ainda mais o clima de tensão na região, especialmente porque foi realizado dentro do território iraniano, o que agrava a situação. Israel, apesar de não ter assumido a autoria, já havia prometido eliminar esses líderes, incluindo o alvo do ataque. “Realizar um ataque dentro do território de outro país, como o Irã, torna a situação ainda mais grave,” afirmou Furriela.
O mestre em Direito Internacional também mencionou a unidade entre os diferentes grupos palestinos, como o Fatah, que, apesar das divergências internas, se uniram para criticar Israel pelo assassinato. Essa união pode intensificar ainda mais as críticas e as ações contra Israel na região.
Outro ponto levantado por Furriela é a postura do novo presidente do Irã, que é considerado mais moderado. Ele sugere que o Ocidente e Israel poderiam aproveitar essa oportunidade para negociações e tentativas de pacificação. No entanto, o atentado dificulta qualquer possibilidade de diálogo. “Esse crime, ocorrido dentro do território iraniano, complica ainda mais o restabelecimento e a normalização das relações entre Estados Unidos, Israel e o Irã,” explicou.