Os olhos do mundo se voltam para Paris nas próximas duas semanas. Atletas de alto rendimento, cujas histórias de superação pessoal inspiram milhões de torcedores. Líderes, gestores e empresários também podem aprender com esses esportistas. “Quando vemos uma pessoa subindo no pódio, ou sendo reconhecida e promovida em uma grande empresa, por vezes imaginamos que ela nasceu para isso ou teve muita sorte. No entanto, a eficácia vem do que fazemos habitualmente”, diz Rogério Babler, especialista em neuroliderança que explica a diferença entre hábitos e disciplina. “Os hábitos são comportamentos repetitivos que adotamos devido a disparos emocionais no cérebro, provocados pela conexão com o prazer. Já a disciplina é uma escolha consciente e deliberada, orientada a um propósito e a metas que nos motivam e nos engajam. Mesmo no desconforto, continuamos praticando”, explica ele.
Durante os jogos olímpicos, conhecemos muitas histórias de espírito esportivo, onde atletas ajudam uns aos outros. Babler, que também é diretor geral da MH Consult, enfatiza a importância dessa colaboração também na área de gestão. “Quando nos sentimos seguros e confiantes, tendemos a colaborar mais, a correr riscos saudáveis, e isso aumenta a produtividade consideravelmente. Quando percebemos que a colaboração é mais poderosa que a competição, entendemos que competimos conosco mesmos, buscando ser 1% melhor do que ontem”, afirma.
E assim como por trás de grandes atletas, que existem sempre grandes treinadores, Babler destaca as qualidades que um líder precisa ter para conseguir uma boa gestão. “Um líder, que tenha visão do contexto e esteja alinhado ao nosso propósito, desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de qualquer colaborador”, destaca.