O Ibovespa apresentou uma alta de 1,22% na sessão de sexta-feira, 26, encerrando o pregão a 127.492 pontos, impulsionado principalmente pelas grandes companhias brasileiras e pelo clima favorável em Wall Street. No entanto, o índice acumulou uma queda de 0,09% ao longo da semana, marcando a segunda semana consecutiva de baixa.
O desempenho positivo de sexta-feira foi sustentado pela alta de 1,49% das ações da Vale (VALE3), refletindo a valorização do minério de ferro e a repercussão positiva do balanço do segundo trimestre divulgado na quinta-feira. Em contraste, Usiminas (USIM5) sofreu uma queda significativa de 23,55% após reportar um prejuízo líquido de R$ 100 milhões no segundo bimestre, o que elevou a ansiedade dos investidores sobre os resultados das demais empresas do setor siderúrgico.
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Movimentação do Dólar
O dólar encerrou a sessão com uma valorização de 0,19%, cotado a R$ 5,658, mantendo-se próximo das máximas de fechamento de 2024. Ao longo da semana, a moeda acumulou um aumento de 0,96%.
Dados da Inflação dos EUA
O Departamento de Trabalho dos EUA divulgou dados moderados da inflação, com o Índice de Preço de Consumo Pessoal (PCE) registrando uma alta de 0,1% em junho em relação ao mês anterior, em linha com as expectativas do mercado. A inflação anual desacelerou para 2,5%, enquanto o núcleo do índice acelerou para 0,2%, superando a previsão de 0,1%.
Expectativas de Política Monetária
Os dados de inflação sustentam a hipótese de uma moderação nos aumentos de preços, o que pode fortalecer a confiança do Federal Reserve na aproximação de sua meta de 2% de inflação e possibilitar o início de cortes de juros ainda este ano. Os operadores de mercado estão apostando em um primeiro corte de juros pelo Fed em setembro.
Rodrigo Cohen, analista de investimentos, destacou que a redução de juros nos EUA seria benéfica para mercados emergentes como o Brasil, ao tornar esses investimentos mais atraentes devido ao diferencial de taxas mais baixas.
Olho na “Superquarta”
Na próxima semana, as atenções do mercado se voltarão para a “superquarta”, com decisões de política monetária tanto nos EUA quanto no Brasil. A expectativa é de que os bancos centrais mantenham as taxas de juros inalteradas – 10,5% no Brasil e entre 5,25% e 5,5% nos EUA. No entanto, pode haver sinais de redução nas taxas pelo Federal Reserve, dependendo da declaração de Jerome Powell após a reunião.
Nota
Este artigo não constitui aconselhamento financeiro. Recomendamos que os leitores realizem suas próprias pesquisas e consultem especialistas ao tomar decisões de investimento.