Em 24 de julho de 2024, foi divulgado que a informalidade no Brasil atinge 38,6% da população ocupada, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este índice aponta que cerca de 39,13 milhões de pessoas trabalham de maneira informal no país. Além disso, apenas 65,3% (66,17 milhões) dos trabalhadores contribuem para algum tipo de previdência.
Essa realidade complexa destaca a importância da formalização dos trabalhadores por meio de figuras jurídicas como o Microempreendedor Individual (MEI). Pesquisas indicam que a formalização traz benefícios econômicos tanto para os trabalhadores quanto para o país. Mas qual é o impacto real do MEI na economia brasileira?
O que é o MEI?
Criado há 15 anos, durante o primeiro mandato do presidente Lula, o MEI é uma das políticas públicas mais influentes e bem-sucedidas para a inclusão econômica e social. A figura jurídica do MEI permite que trabalhadores informais se registrem oficialmente, obtenham um CNPJ e passem a contribuir de maneira direta para a previdência social.
Atualmente, a Receita Federal contabiliza 12 milhões de registros ativos de MEI no país. Esses empreendedores atuam em uma vasta gama de mais de 400 atividades econômicas, desde comércio até prestação de serviços especializados. O impacto dessa formalização é sentido em diversos setores, trazendo benefícios não apenas econômicos, mas também sociais.
Como o MEI impacta na renda dos trabalhadores?
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou que ao se formalizarem como MEI, os empreendedores podem aumentar sua renda entre 7% e 25%. Este crescimento na renda pessoal reflete diretamente na economia brasileira, gerando quase R$ 70 bilhões adicionais. Sem dúvida, uma injeção financeira significante para o país.
Quais são os benefícios de se tornar um MEI?
Formalizar-se como MEI traz uma série de vantagens que vão além do aumento de renda. Aqui estão alguns benefícios principais:
- Acesso a crédito: MEIs têm mais facilidades para obter empréstimos bancários com taxas de juros mais baixas.
- Emissão de notas fiscais: Facilita negociações e amplia o leque de clientes, incluindo empresas que exigem nota fiscal.
- Cobertura previdenciária: Garantia de direitos previdenciários como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade.
- Baixa carga tributária: Pagamento de taxas reduzidas mensalmente, facilitando a manutenção dos compromissos financeiros.
MEI pode receber Bolsa Família?
Um mito comum é que ao se formalizar como MEI, a pessoa perde o direito ao programa Bolsa Família. No entanto, conforme explica Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional, isso não é verdade. A formalização não interfere no direito ao benefício, permitindo que os empreendedores mantenham o suporte do programa enquanto expandem suas atividades comerciais.
Conclusão
A trajetória do MEI no Brasil é um claro exemplo de como políticas públicas bem estruturadas podem fazer uma diferença significativa na vida das pessoas. Continuar incentivando a formalização por meio do MEI é essencial para reduzir a informalidade no país, aumentando o bem-estar socioeconômico de milhões de brasileiros.
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