Dados da maior economia do mundo agitaram o mercado de ações no Brasil durante a semana. No mesmo dia em que o PIB veio mais forte que o esperado os números do desemprego nos Estados Unidos levaram os agentes do CME Group a projetarem unanimemente o primeiro corte dos juros no país para o mês de setembro.
Para o trader Marco Prado, o setor imobiliário lá fora mostrou fragilidade. “Investimento estrangeiro em imóveis caiu para o nível mais baixo em 15 anos, recuando 21% para US$ 42 bilhões nos últimos 12 meses, confirmando que com o dólar subindo perante seus pares não favorece a ninguém, mesmo com um PIB saindo acima das expeditavas”(2.8% de crescimento)”, analisou.
O início da temporada de resultados do segundo trimestre de 2024 também trouxe bastante volatilidade. “Nossa bolsa até que resistiu bem, levando o fato que o setor de das Big Techs terem derretido com balanços abaixo do esperado e taxação maior no radar, dando a entender que o Ibovespa segue com um belo desconto para os investidores estrangeiros”, opina o trader.
Para as próximas semanas vale ficar de olho na inflação brasileira. “O que falta agora é confiança para o investidor migrar para renda variável com um fiscal comprometido e um plano econômico ainda frágil e confuso. A verdade é que, mesmo que o governo estando errado ele persiste nos seus erros, mesmo que isso custe sua ruina. A crise de confiança é a pior das crises”, conclui Prado.