A ministra do Planejamento e do Orçamento, Simone Tebet (MDB), destacou recentemente que, para reduzir a desigualdade social no Brasil, é crucial garantir que o salário mínimo suba mais que a inflação. Durante um evento paralelo do G20 no Rio de Janeiro focado na erradicação da pobreza e da fome, Tebet ressaltou a prioridade da equipe econômica quanto ao reajuste do salário mínimo.
Em seu discurso, Tebet afirmou: “A única forma que podemos reduzir desigualdade social: garantir que o salário mínimo não suba apenas com a inflação, mas suba acima da inflação.” Essa declaração reflete o empenho do Ministério da Fazenda e do Ministério do Orçamento para assegurar que o salário mínimo cresça de forma real.
Como o governo vai economizar R$ 9 bilhões?
Além da questão do salário mínimo, a ministra Simone Tebet também revelou que o governo pretende economizar 9 bilhões de reais através da revisão de despesas da Previdência Social e do Proagro. Esse seguro rural é destinado a pequenos e médios produtores, representando um alívio financeiro significativo para o setor.
Essa ação faz parte de um esforço maior para revisar e otimizar os gastos do governo. Na próxima semana, o Palácio do Planalto deve anunciar detalhes sobre a revisão de despesas de 25 bilhões de reais no Orçamento de 2025. Tebet enfatizou a importância de manter políticas públicas essenciais enquanto se ataca a eficiência dos gastos.
Como o Governo vai aumentar o Salário Mínimo?
Durante o evento, Tebet reforçou que o aumento real do salário mínimo será mantido até o fim do governo Lula (PT). As opções ainda estão em discussão, podendo variar entre inflação mais PIB, inflação mais 1% ou inflação mais 2%. Essas decisões serão baseadas em um estudo detalhado sobre a economia nacional.
- Inflação mais PIB: Esta fórmula combina a inflação anual com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
- Inflação mais 1% ou 2%: Alternativas que adicionam um percentual fixo à inflação, garantindo um ganho real.
Essa política visa impedir que o poder de compra dos brasileiros diminua, garantindo uma melhoria contínua no padrão de vida da população.
Por que é difícil aumentar o salário mínimo?
Ao abordar o equilíbrio fiscal, a ministra destacou que os maiores desafios não estão nos programas sociais, mas nos “privilégios dos ricos que precisam ser checados ponto a ponto nos gastos tributários”. Essa revisão dos privilégios tem como objetivo mais justiça na distribuição dos recursos públicos.
A ideia é que, ao otimizar os gastos tributários e eliminar concessões desnecessárias, o governo possa liberar recursos para investimentos em áreas mais necessitadas, sem cortar políticas públicas essenciais.
Quais as dificuldades atuais na economia brasileira?
A conjuntura global também apresenta desafios significativos, com o avanço da extrema-direita em diversos países e conflitos como o de Gaza e a Ucrânia. Esses fatores podem influenciar diretamente a economia brasileira, aumentando as incertezas no cenário nacional.
Internamente, o governo também enfrenta pressões do mercado e do Congresso, que buscam garantir seus interesses. Apesar disso, Tebet afirmou que o governo está comprometido com a manutenção do equilíbrio fiscal e com a implementação de políticas que favoreçam a população mais vulnerável.