O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou recentemente um novo programa, chamado “Voa Brasil”, voltado para aposentados do INSS. Este programa visa facilitar o acesso ao mercado aéreo brasileiro oferecendo passagens aéreas a preços reduzidos. O lançamento oficial ocorreu em Brasília, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, representando o presidente Lula.
O projeto é inovador e pretende incluir milhões de brasileiros que não têm o hábito de viajar de avião. No primeiro ano, o programa oferecerá 3 milhões de bilhetes aéreos. A expectativa é grande, pois, segundo dados do governo, a aviação civil registrou um universo de 112 milhões de passageiros no último ano, sendo que aproximadamente 12% dessas passagens foram vendidas por até R$ 200.
Quais são as regras do programa “Voa Brasil”?

Para participar do “Voa Brasil”, algumas regras foram estabelecidas para garantir a inclusão dos aposentados que realmente necessitam desse benefício.
- No primeiro ano, 3 milhões de bilhetes serão disponibilizados.
- Os aposentados não podem ter viajado de avião nos últimos 12 meses.
- Não há limite de renda, beneficiando inclusive os que recebem o teto do INSS, que atualmente é de R$ 7.786,02.
- Um site será criado para facilitar a busca pelos bilhetes, com preços de até R$ 200 por trecho.
- Os aposentados poderão adquirir até duas passagens aéreas.
Essas medidas têm o objetivo de evitar fraudes e garantir que as passagens cheguem a quem realmente precisa. Assim, ao encontrar uma passagem desejada, o aposentado será redirecionado para o site da companhia aérea para finalizar a compra de forma segura.
Como o governo planeja financiar o “Voa Brasil”?
O programa “Voa Brasil” é fruto de um acordo entre o governo e as companhias aéreas. Não haverá gasto adicional do orçamento federal para subsidiar o custo das passagens. O intuito é ocupar as vagas ociosas nos aviões, que decolam muitas vezes com assentos vazios. O governo acredita que, ao incluir mais brasileiros no mercado aéreo, conseguirá aumentar a ocupação dos voos e, consequentemente, o faturamento das companhias, mesmo oferecendo as passagens a preços reduzidos.
- O governo costurou um acordo com as companhias aéreas.
- O objetivo é ocupar assentos vazios nos voos.
- Cerca de 12% das passagens foram vendidas por até R$ 200 no último ano.
O plano é ambicioso e segue uma lógica de inclusão social já vista em outros programas federais, como o Bolsa Família e o Pronatec.
O “Voa Brasil” inclui outros grupos além dos aposentados?
Inicialmente, o “Voa Brasil” foca exclusivamente nos aposentados. Havia uma proposta de incluir estudantes do Programa Universidade Para Todos (Prouni) e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). No entanto, o governo decidiu primeiro avaliar os resultados da oferta de passagens para aposentados antes de expandir o público-alvo.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, “Na segunda fase do Voa Brasil, vamos incluir estudantes do Prouni, do Pronatec. Mas isso não é uma tarefa simples”.
- Estudantes do Prouni e Pronatec podem ser incluídos na segunda fase.
- A decisão será baseada na avaliação dos resultados iniciais.
Essa abordagem permite que o governo ajuste estratégias conforme o feedback e a eficácia do programa, garantindo uma expansão sustentável e baseada em dados concretos.
Por que o lançamento do “Voa Brasil” sofreu atrasos?
O “Voa Brasil” foi anunciado em março de 2023 pelo então ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que deixou o cargo antes do lançamento oficial. Seu sucessor, Silvio Costa Filho, assumiu o ministério em setembro de 2023 e afirmou que o programa só seria lançado em 2024.
França agora é o Ministro do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Costa Filho destacou que programas sociais complexos, como o “Voa Brasil”, demandam tempo para serem estruturados de forma eficiente.
Agora, com o aval do presidente Lula, a expectativa é que o “Voa Brasil” comece a funcionar em breve, possibilitando que mais brasileiros entrem no mercado aéreo e usufruam dessa oportunidade.