Uma semana de muitas emoções para os operadores do mercado brasileiro. Logo no começo havia dúvidas de como seria a reação das Bolsas após o atentado contra Trump. Os ativos acabaram se valorizando e o tom foi positivo para os mercados em geral. No meio da semana a entrevista de Lula com trecho vazado e fora de contexto trouxe desconfiança com o compromisso fiscal do governo. O Ibovespa fechou no negativo pela primeira vez no mês de julho. Os cortes de 15 bilhões no orçamento voltaram a dar fôlego ao índice, que fechou a semana positivo.
Segundo o trader Marco Prado, a Petrobras e o setor financeiro foram destaques positivos, já o câmbio merece um estudo a parte. “O dólar no Brasil é muito sensível à parte fiscal e o arcabouço apresentado no início do ano passado parece não convencer mais ninguém. Há quem diga (os mais pessimistas) que o dólar encerre o ano na casa dos 6,30. De verdade?! Não me atrevo a precificar com os discursos confusos entre o Ministro Haddad e o Presidente Lula”, analisa ele.

Veja mais tópicos importantes na visão de Prado: “A China tendo que gastar mais para bater a meta de 5% de crescimento associado com a queda das techs, também contribuiu para o viés negativo nos mercados lá fora, mas aqui como temos vida própria, azedou com o fato de o BC poder aumentar os juros na próxima reunião do Copom. A bolsa derreteu e quiçá deve parar no 125.000, o que seria um milagre tendo em vista o que vem pela frente, tanto aqui como lá fora. A meta de crescimento para 2024 ainda continua em 2,5% do PIB, porém houve uma piora para 2025. Mas o que esperar de uma economia que sofre a anos? Nos últimos 10 anos encolhemos 10% enquanto a até então falida Argentina encolheu 2%. Nesse sobe e desce acionário, fico triste que o Real Madrid não tenha ação na bolsa. A marca hoje vale mais do que Google, Ferrari, Coca-Cola e Rolex”, conclui o trader.