Em uma recente reunição do conselho Curador do FGTS, o governo apresentou propostas que podem alterar significativamente a forma como os recursos do Minha Casa, Minha Vida são distribuídos. Com a intenção de privilegiar a indústria da construção civil e gerar mais empregos, o Ministério das Cidades propôs restrições na compra de imóveis usados pela faixa 3 do programa, que suporta famílias com renda entre R$ 4.400 e R$ 8.000.
O Ministério das Cidades, sob a liderança do secretário-executivo Helder Melillo, argumenta que o foco deve ser voltado para imóveis novos ou em construção, destacando a importância econômica e social deste setor. Melillo destacou, durante a reunião, que a decisão é crucial para manter os níveis elevados de contratação de imóveis novos sem impedimentos, visando fortalecer e manter a sustentabilidade financeira do fundo.

Qual a estratégia do governo Lula com o minha casa minha vida?
Segundo representantes do setor, como Elson Póvoa da CNI, esta mudança é fundamental para assegurar que o FGTS possa sustentar seus compromissos frente à crescente demanda por financiamento. Além disso, a nova regra de rentabilidade na conta do FGTS, que agora corrige pelo IPCA, demanda uma base mais robusta de investimentos em imóveis que possam valorizar a longo prazo.
Quais serão as alterações no minha casa minha vida?
As novas diretrizes, previstas para serem definidas em instrução normativa em 6 de agosto, buscam ajustar o percentual de recursos do FGTS destinados aos imóveis usados, que, segundo dados, mostraram um aumento considerável nos últimos anos. Em 2023, este número subiu para 29% e, no ano corrente, atingiu 32%. Tal aumento é visto como uma ameaça ao equilíbrio financeiro do programa e ao incentivo necessário para novos projetos habitacionais.
Impacto no setor de construção com a decisão do governo Lula
- Estímulo Econômico: Ao focar em imóveis novos, o governo espera não só gerar mais empregos diretos e indiretos na construção civil, mas também fomentar um ciclo virtuoso de crescimento econômico decorrente dessa atividade.
- Sustentabilidade do FGTS: Com um colchão mais forte para amparar suas operações, o FGTS pode se tornar mais robusto e resiliente frente às variações econômicas.
- Transparência para a Sociedade: As novas medidas também visam oferecer mais clareza sobre como os recursos são alocados e utilizados, aumentando a confiança no programa.
Embora a decisão ainda esteja pendente de confirmação na próxima reunião do conselho curador, é claro que o governo Lula está buscando maneiras de aprimorar o programa Minha Casa, Minha Vida, focando especialmente em seus benefícios à sociedade e ao fortalecimento econômico. A comunidade espera que essas mudanças tragam mais eficácia na aplicação dos recursos do FGTS e suportem o crescimento contínuo do setor habitacional no Brasil.