Julho tem sido um mês excepcional para o Ibovespa, que novamente registrou alta no pregão de sexta-feira, atingindo 128.896,98 pontos, uma escalada de 0,47%. Esse crescimento marca a décima sessão consecutiva de avanços, uma façanha que não era vista desde a virada de 2017 para 2018.
Ao analisarmos o desempenho do principal índice da bolsa brasileira, nota-se, sem dúvida, uma virada significativa em relação ao primeiro semestre do ano, período em que o índice amargou uma queda de 7,66%, se posicionando entre os piores investimentos do semestre.

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O que explica a impressionante recuperação do Ibovespa?
A reversão dessa tendência negativa pode ser atribuída, em parte, ao reforço do compromisso fiscal do governo brasileiro. Além disso, uma influência externa considerável vem das especulações de que o Federal Reserve, o banco central americano, pode estar próximo de reduzir as taxas de juros, um movimento que incentiva o fluxo de capital para mercados emergentes como o Brasil.
Como o dólar está se comportando com essa recuperação da bolsa?
Enquanto o Ibovespa avança, o dólar experimenta um movimento oposto. Depois de um pico de R$ 5,70 na virada de junho para julho, a moeda americana recuou 0,57% na semana, estabilizando-se na casa dos R$ 5,43. Este fenômeno acompanha de perto a melhora do cenário econômico interno, influenciado pelas expectativas de uma política monetária mais flexível nos Estados Unidos.
Os destaques do Ibovespa nesta semana
Em meio a essa escalada do índice, certas ações se destacaram tanto positivamente quanto negativamente. Entre os destaques positivos, está a Embraer, com uma impressionante valorização de 12,37% em apenas cinco pregões. A B3, empresa que opera a bolsa brasileira, e a Petz, famosa rede de petshops, também acumularam ganhos significativos, saltando 9,41% e 9,33%, respectivamente.
Por outro lado, entre as baixas, Suzano, Isa Cteep e 3R Petroleum figuram. Os papéis dessas empresas enfrentaram retrações decorrentes de diversos fatores, incluindo ações corporativas e variações no mercado internacional de commodities. São situações que refletem a própria dinâmica natural do mercado, onde nem todos os ativos acompanham o movimento geral de alta.
Esse panorama-híbrido do mercado de ações realça a complexidade do investimento em ações, lembrando aos investidores a importância da diversificação e da adoção de estratégias que considerem tanto o contexto macroeconômico quanto as particularidades de cada empresa.