Em entrevista ao programa “Manhattan Connection“, da BM&C News, Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central do Brasil e sócio-fundador da Rio Bravo, discutiu os desafios e as políticas econômicas atuais, destacando a necessidade de paciência e estabilidade nas ações do governo e das instituições reguladoras.
Franco enfatizou a importância da continuidade nas políticas do Banco Central, destacando que a autonomia e os mandatos fixos dos dirigentes são cruciais para a estabilidade econômica. “É preciso ter paciência. O presidente do Banco Central tem um mandato e vai até o fim do ano. Vamos ver no fim do ano quem o presidente Lula trará para substituir Roberto,” afirmou. Veja a entrevista completa aqui.
O ex-presidente do Banco Central também comentou sobre a situação fiscal do país, mencionando os desafios enfrentados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “O ministro Haddad está em uma situação complicada. Ele tem que equilibrar as demandas políticas com a necessidade de manter a responsabilidade fiscal. O governo precisa ter uma política fiscal que sustente a estabilidade econômica.”
Franco destacou a importância das agências reguladoras, apontando que elas são fundamentais para a estabilidade e previsibilidade do ambiente econômico. “As agências reguladoras são fundamentais para a estabilidade e previsibilidade do ambiente econômico. É crucial que elas sejam independentes e tenham diretores com mandatos fixos. Isso evita interferências políticas e garante que as decisões sejam tomadas com base em critérios técnicos.”
Sobre a política monetária, Franco ressaltou o papel do Banco Central na manutenção da estabilidade econômica, mencionando os principais desafios que a instituição enfrenta. “Os desafios incluem a gestão da inflação, a condução da política monetária de forma a incentivar o crescimento econômico sem causar desequilíbrios, e a manutenção da credibilidade perante o mercado. A independência do Banco Central é vital para isso.”
A entrevista de Gustavo Franco reflete a complexidade das políticas econômicas no Brasil e a importância de uma gestão técnica e estável para garantir o crescimento sustentável e a confiança no sistema financeiro do país.