A partir desta segunda-feira (17), os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deram início a uma greve, sob a bandeira “Reestruturação com Excelência”. Estas mobilizações são marcadas por “apagões” em serviços nas terças e quintas, uma forma de protesto que busca chamar a atenção tanto do governo quanto da população geral para as demandas urgentes do setor.
De acordo com Pedro Luis Totti, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social – atualmente SINSSP-BR –, o governo tem planos para extinguir o cargo de Técnico do Seguro Social. Esse cargo é chave no processo de análise e concessão de benefícios, representando 80% da força de trabalho do instituto. Totti alerta para os graves danos que tal medida poderia causar, principalmente para o atendimento dos casos mais sensíveis à população.

Imagem: Internet.
Por que os Servidores do INSS Estão em Greve?
A “Operação Reestruturação com Excelência” não é apenas uma questão de reivindicação salarial. Ela representa uma luta pela manutenção de cargos essenciais e pela melhoria das condições de trabalho que, segundo o sindicato, estão sendo ameaçadas por propostas de reestruturação governamental que diminuiriam a capacidade operacional do INSS.
Quais São as Principais Reivindicações dos Servidores?
O SINSSP-BR relata que, até o moment, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) não apresentou uma proposta que considere adequada às necessidades dos trabalhadores. As demandas incluem:
- Valorização e reestruturação de cargos
- Alteração do requisito para entrada no cargo de técnico para nível superior
- Reconhecimento dos cargos como carreira típica de Estado
- Implementação de modalidades de teletrabalho integral e parcial
Impacto da Greve no Atendimento ao Público
Com a implementação da greve e os subsequentes “apagões”, é esperado que o atendimento ao público seja significativamente impactado. Isso inclui atrasos na análise e concessão de benefícios, um serviço que já enfrenta desafios de eficiência. O sindicato enfatiza que o sucateamento do INSS resultaria em prejuízos irreversíveis para a população que depende desses serviços.
Ainda não há previsão de quando as negociações podem levar a um acordo satisfatório entre o governo e os servidores. Enquanto isso, espera-se que as mobilizações continuem, na tentativa de salvaguardar a integridade do serviço público essencial que é o INSS.
Este movimento pelos direitos dos trabalhadores e pela qualidade do serviço público é um reflexo da crescente necessidade de dialogar e ajustar as estruturas governamentais com as necessidades de seu corpo funcional e das pessoas que dependem diretamente desses serviços.