Nesta noite de terça-feira (28), foi ao ar mais um episódio do programa BM&C Strike, apresentado por Paula Moraes. O convidado da vez foi o especialista em análise macro Fabio Fares, que dissertou sobre o dinâmico mundo da inteligência artificial e seu impacto no mercado financeiro.
Inteligência Artificial: Bolha ou Revolução Tecnológica?

Fares, reconhecido por sua visão crítica e informada sobre o mercado, abordou as nuances desse crescimento meteórico, destacando que, embora haja especulação, muitas das empresas de hoje são estruturalmente mais sólidas do que aquelas da era das dotcom. Ele apontou para a necessidade de distinguir entre o hype temporário e os desenvolvimentos sustentáveis. “É normal numa mudança de tendência ou revolução haver pequenas bolhas. A chave é separar o que é apenas entusiasmo passageiro do que realmente tem fundamentos sólidos”, afirmou.
Comparando com a bolha das dotcom, Fares destacou que, ao contrário do início dos anos 2000, o mercado financeiro atual está mais regulado e as empresas são mais maduras tecnologicamente. “Hoje, empresas como a NVIDIA, que desempenham um papel crucial no desenvolvimento da IA, têm bases sólidas e um crescimento contínuo. Sem os processadores da NVIDIA, a IA moderna seria impossível”, explicou Fares.
Ao discutir os impactos econômicos, Fares observou que a IA tem o potencial de transformar a produtividade, especialmente nos Estados Unidos. “A expectativa é que a IA aumente significativamente a eficiência, impactando positivamente o PIB americano”, disse. No entanto, ele também alertou sobre a possibilidade de correções no mercado. “Embora não veja uma bolha que traga um crash similar ao de 2000-2003, é provável que haja correções, separando o que é viável do que é apenas especulação.”
Fares também mencionou a evolução da regulação financeira desde a crise de 2008, destacando que o mercado agora é mais cauteloso e melhor monitorado, o que pode ajudar a evitar crises severas. “Os bancos e reguladores aprenderam com os erros do passado e implementaram medidas rigorosas para controlar a alavancagem e garantir a liquidez”, explicou.
Por fim, Fares compartilhou uma visão otimista sobre o futuro da IA, enfatizando seu papel crucial em diversas indústrias. “A IA não é apenas uma tendência passageira. Ela veio para ficar e continuará a evoluir, trazendo inovações que beneficiarão tanto empresas quanto consumidores”, concluiu.