Consequências do caso incluem uma menor confiabilidade nas agências de risco e maior investigação da atuação dos “CPFs” por trás das grandes empresas
O mercado sofreu um baque com o caso Americanas em janeiro de 2023, quando o então CEO, Sergio Rial, ex-Santander Brasil, anunciou que a empresa tinha inconsistências contábeis no valor de R$ 20 bilhões. Após o anúncio do episódio, em 11 de janeiro, a governança e a gestão de risco do setor de crédito foram colocadas em xeque. A descoberta das inconsistências contábeis reverbera até hoje e apontou uma necessidade de novas estratégias de gerenciamento de risco nos fundos de crédito privado, bem como na discussão de novas regras para o Novo Mercado da B3, para incluir melhorias na confiabilidade das demonstrações financeiras e do conselho das empresas participantes. Antes do escândalo, a Americanas era considerada uma empresa sólida e bem classificada pelas agências de risco por todo o mundo. A Fitch, por exemplo, atribuía uma nota de crédito global ‘BB’ à empresa, o que significa uma boa capacidade de honrar os compromissos. A Moody´s, por sua vez, tinha uma nota Ba2, enquanto a S&P era de ‘BB’. Após a divulgação do caso, as notas de crédito da companhia passaram para grau especulativo. Saiba como evitar manipulação e insider trading no curso Enforcement no Mercado de Capitais Para se ter…