Nesta quinta-feira (25), o Departamento de Comércio dos Estados Unidos revelou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país expandiu 1,6% no primeiro trimestre de 2024, um declínio em relação ao robusto crescimento de 3,4% observado no último trimestre do ano anterior.
A divulgação deste indicador surpreendeu o mercado, pois ficou aquém das expectativas, que apontavam para um crescimento de 2,4%, conforme o consenso de analistas da LSEG.
Rodrigo Cohen, analista CNPI, embaixador da XP Investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, compartilhou suas reflexões com o portal da BM&C News, destacando a discrepância entre as previsões e os resultados reais do PIB. “A expectativa era de um crescimento de 2,4%, mas o valor veio em 1,6%. Isso inicialmente impulsionou a Bolsa, porém, a análise mais detalhada revelou que o índice de preço do PIB estava acima do esperado, indicando uma inflação ainda elevada”, explicou Cohen.
Ele também observou que os dados dos pedidos semanais de auxílio-desemprego apresentaram uma queda inesperada, sugerindo um mercado de trabalho aquecido nos EUA, o que gerou preocupações entre os investidores.
Com essas divergências nos dados, Cohen enfatizou a crescente incerteza sobre o futuro econômico. “Os investidores testemunharam uma volatilidade nas bolsas após a divulgação dos dados, retornando a um sentimento negativo”, comentou sobre o comportamento do mercado.
Quanto à influência desses indicadores econômicos nos mercados, Cohen expressou esperança de que os dados do Índice de Preços ao Consumidor (PCE) possam fornecer uma melhor compreensão da situação.
Por fim, ele destacou a persistência da incerteza e sua possível influência nas políticas monetárias, afirmando: “Por enquanto, não vejo mudanças significativas. A possibilidade de uma redução das taxas de juros nos EUA pode ocorrer em julho, mas o cenário permanece incerto com a divulgação desses dados. A incerteza crescente está impactando negativamente as bolsas”.