Ações da companhia chamam a atenção das gestoras após alta de 42% por fatores internos ao negócio e conjunturais
Num passado não tão distante, a maior preocupação do mercado quanto à Embraer era a capacidade da empresa em gerar caixa, diante das dificuldades impostas pela pandemia, o que fez com que toda a indústria aérea fechasse a operação. A dúvida do mercado era saber por quanto tempo a companhia aguentaria queimando dinheiro, já que naquele momento havia empresas mais sólidas, como Airbus e Boeing. Mesmo com a saúde financeira posta em xeque, a Embraer conseguiu virar o jogo, após reduzir a produção e postergar os lançamentos. Apesar de ter saído da pandemia com uma alavancagem muita alta, a volta do mercado aéreo dos Estados Unidos, maior mercado consumidor de aeronaves, deu o start para os novos pedidos de aviões da empresa. “A Embraer foi bem-sucedida em repassar o preço em todas as cadeias de produção, desde turbinas até semicondutores”, explica o gerente de renda variável da SulAmérica Investimentos, Rodrigo Faria. O executivo ressalta que uma conjuntura de fatores, como a inflação em toda a cadeia de suprimentos, ajudou na recuperação das margens da indústria de aviões. “As companhias aéreas estão precisando renovar a frota. Existe um boom nos segmentos de lazer e executivo, mas não tem aeronaves. Ficou…