Na mais recente atualização fornecida pelo Banco Central (BC), evidenciou-se um declínio considerável nas taxas de juros do rotativo do cartão de crédito, marcando o valor mais baixo desde dezembro de 2022. Além disso, notou-se uma retração na inadimplência dessa modalidade, sugerindo um primeiro sinal efetivo da lei do Desenrola, que visa a proteger os consumidores de dívidas excessivas relacionadas ao cartão de crédito.
O que nos diz o novo relatório do Banco Central?

De acordo com o BC, houve um aumento de 0,2% no estoque de crédito no mês de fevereiro em relação a janeiro, totalizando uma soma impressionante de R$5,8 trilhões. Esse crescimento é superior ao observado entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, ressaltando uma expansão contínua no setor financeiro.
O relatório aponta uma queda de 27,2% no volume de dinheiro no rotativo para pessoas físicas, indicando uma migração para o crédito à vista, cujo volume aumentou 13,5%. Este movimento é visto como um passo positivo para a economia, refletindo um cenário em que menos pessoas estão dependentes de linhas de crédito com juros elevados.
Qual o impacto da lei do Desenrola?
A implementação da lei do Desenrola, que entrou em vigor em janeiro deste ano, limitou a cobrança de juros no rotativo a 100% da dívida original. Esta medida já começa a mostrar seus efeitos, possibilitando um alívio financeiro significativo para os consumidores, impedindo que as dívidas se tornem incontroláveis.
Como a queda da Selic e a lei do Desenrola influenciaram os juros do cartão?
A redução da taxa Selic, iniciada em agosto de 2023, influenciou positivamente o mercado de crédito como um todo. Juntamente com a lei do Desenrola, houve uma pressão para que as instituições financeiras revisassem as taxas de juros do cartão de crédito rotativo para baixo, beneficiando diretamente o consumidor.
De fato, a taxa média de juros cobrada no cartão de crédito experimentou uma queda de 96,1% ao ano em fevereiro de 2023 para 84,9% ao ano no mesmo mês de 2024. Essa mudança indica uma melhoria direta na acessibilidade do crédito para a população, proporcionando mais oportunidades de manejo financeiro responsável.
Perspectivas futuras para os consumidores
Embora já estejamos vendo mudanças significativas nas taxas de juros do cartão de crédito e na inadimplência, a expectativa é que essa tendência de melhora continue. Tanto a redução da Selic quanto a eficácia da lei do Desenrola apontam para um futuro onde o crédito seja mais acessível e menos oneroso para os brasileiros.
Essas medidas não apenas aliviam o bolso dos consumidores, mas também estimulam uma cultura de crédito mais saudável no país. Olhando para frente, espera-se que as instituições financeiras continuem adaptando suas práticas para garantir um ambiente de crédito equilibrado, que atenda às necessidades dos consumidores sem submetê-los a dívidas impagáveis.
No fim das contas, essas mudanças são um forte indicativo de que estamos caminhando para um cenário econômico onde o acesso ao crédito é mais justo e less exploratório, um passo significativo para o fortalecimento da economia brasileira e para a saúde financeira dos seus cidadãos.