A Advocacia Geral da União (AGU) enviou uma nova proposta de correção para o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) diretamente ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Roberto Barroso. Esta medida, que tem potencial de alterar significativamente como os depósitos do FGTS são remunerados, surge em um momento crucial, às vésperas de um julgamento decisivo na Corte.
Atualmente, o governo propõe que a remuneração anual mínima dos depósitos seja equivalente ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), argumentando que esta abordagem seria benéfica por não favorecer desproporcionalmente os maiores saldos do fundo, alinhando-se assim aos princípios de justiça social.
A discussão sobre a mudança na correção do FGTS vem em um momento em que o governo busca alternativas menos onerosas para enfrentar o impacto estimado em R$ 8,6 bilhões em quatro anos, caso a proposta inicial de correção pela caderneta de poupança, sugerida por Barroso em abril de 2023, seja adotada.
Quais as Consequências da Proposta do Governo para os Trabalhadores?

Se a proposta da AGU for aceita pelo STF, isso significará uma mudança significativa na forma como os depósitos no FGTS são corrigidos, passando da atual Taxa Referencial (TR) mais 3%, considerada a pior remuneração do mercado, para uma vinculação com o IPCA. Esta alteração pode representar uma melhoria na remuneração das contas do FGTS, embora ainda necessite de um debate aprofundado quanto aos seus impactos reais na distribuição de renda entre os trabalhadores.
Importante destacar que esta mudança também visa evitar a necessidade de correções retroativas por perdas anteriores, um ponto que tem sido um dos principais argumentos do governo considerando as restrições orçamentárias vigentes.
Por que a Modulação de 2025 é Importante?
A modulação proposta por Barroso para que eventuais alterações na correção do FGTS entrem em vigor somente a partir de 2025 é um aspecto estratégico crucial. Tal decisão visa proporcionar um planejamento orçamentário adequado, considerando não apenas as implicações financeiras imediatas, mas também fornecendo um período de transição para que ajustes necessários sejam implementados tanto pelo governo quanto pelos trabalhadores.
Contexto Histórico e Importância do FGTS
O FGTS, desde sua criação, desempenha um papel fundamental na proteção dos trabalhadores brasileiros, além de contribuir para o financiamento de áreas vitais como habitação e infraestrutura. Seja na compra da casa própria, na aposentadoria, ou em tempos de necessidade, o Fundo se mostra como um recurso essencial para a segurança financeira dos empregados regidos pela CLT.
Qual o Futuro do FGTS Após o Julgamento?
Com o julgamento em pauta e as propostas de correção sendo debatidas, o futuro do FGTS encontra-se em um ponto de inflexão. As decisões tomadas agora pelo STF terão um impacto duradouro, não apenas na saúde financeira do Fundo, mas também na vida financeira de milhões de trabalhadores brasileiros que dependem do FGTS em momentos críticos de suas vidas.
Portanto, é essencial que todas as partes envolvidas – governo, trabalhadores e a Justiça – trabalhem juntas para encontrar um equilíbrio que promova a justiça social sem comprometer a sustentabilidade financeira do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço.