O empréstimo consignado, popularmente conhecido por sua praticidade e taxas de juros mais baixas destinadas a aposentados e pensionistas, enfrenta novos desafios com a introdução de um recente projeto de lei. Este visa impor regras mais rigorosas para a contratação desses empréstimos por idosos, em uma tentativa de combater fraudes e proteger esse público vulnerável.
Qual a nova exigência para os empréstimos consignados?

De acordo com o projeto de lei aprovado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, a principal mudança é a obrigatoriedade da assinatura física dos idosos em contratos de empréstimo consignado. Até então, essas operações podiam ser realizadas eletronicamente ou por telefone, facilitando o acesso ao crédito mas também expondo os idosos a riscos de fraudes.
O que motivou essa mudança na legislação?
A proposta, iniciativa do senador Paulo Paim, surge como uma resposta à crescente preocupação com o bem-estar financeiro dos idosos. Seguindo o exemplo de uma lei estadual da Paraíba, o projeto busca estender a necessidade de autenticação física em contratos para todo o território nacional, reforçando a segurança e o controle sobre essas operações.
Como as novas regras afetam os beneficiários?
Se aprovada, a lei exigirá que todos os contratos de empréstimo consignado por idosos sejam assinados presencialmente. Isso altera significativamente o processo de contratação, que era marcado pela conveniência da execução à distância. Além disso, o projeto impacta a quantidade de benefício que pode ser comprometida com empréstimos, impondo limites específicos para proteger a renda dos aposentados e pensionistas.
- Limites atualmente permitidos: Os aposentados e pensionistas podem destinar até 45% do seu benefício para o empréstimo consignado.
- Taxas de juros reduzidas: As taxas de juros para empréstimos consignados foram recentemente diminuídas, aliviando o fardo financeiro sobre os idosos.
- Valores liberados para empréstimo: Conforme as novas regras, os valores máximos disponíveis para empréstimo consignado foram recalculados, oferecendo possibilidades financeiras ajustadas ao novo cenário.
Quais são os próximos passos para o projeto de lei?
Após a aprovação na Comissão de Direitos Humanos, o projeto segue agora para análise nas Comissões de Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor e de Assuntos Econômicos do Senado. A decisão final caberá à última, determinando se essa nova medida de proteção aos idosos entrará, de fato, em vigor.
Este projeto de lei representa um passo significativo em direção à maior segurança e transparência no processo de contratação de empréstimos consignados por idosos, abordando diretamente as preocupações com fraudes e exploração financeira desse grupo vulnerável.