O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, deve manter inalterada a taxa de juros do país na reunião desta semana, mas o mercado aguarda novas sinalizações da autoridade monetária dos EUA, de acordo com o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves.
“A sinalização do Fed ao término dessa reunião vai ser extremamente importante, porque além da definição dos juros, teremos o gráfico de dot plot e as projeções financeiras e econômicas. Elas tinham sido feitas pela última vez em dezembro, mas serão atualizadas agora em março”, afirma Alves.
O dot plot é um gráfico de dispersão publicado trimestralmente pelo banco central dos Estados Unidos, usado para representar as expectativas dos diversos membros do Federal Reserve quanto ao futuro das taxas de juros no país.
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Além disso, o estrategista da Avenue destaca a expectativa acerca do próprio comentário do Jerome Powell, o presidente do Fed, logo após o anúncio dos juros.
“O mercado fica muito atento aos nuances e nas entrelinhas daquilo que ele pode eventualmente dizer. Então é o grande evento da semana, é aquilo que o mercado vai parar para olhar”, afirma.
Ainda de acordo com Alves, o comentário de Powell deve ressaltar o fato de os EUA serem “data-dependent” – ou seja, a importância de olhar os dados para tomar decisões. “São os dados é que vão te dizer se há espaço ou não para cortar juros ou para uma mudança na política monetária. E se julgarmos pelos dados, eu diria que não tem muito espaço, eles devem reforçar um pouco dessa mensagem”, acredita o estrategista.
Manutenção dos juros
Na sua última reunião, realizada no final de janeiro, o Federal Open Market Committee (FOMC) do Federal Reserve, optou por manter a taxa de juros básica inalterada pelo quarto encontro consecutivo, com valores entre 5,25% e 5,50% ao ano, patamar este que se mantém desde julho do ano passado.
No seu anúncio, o FOMC não deu indicações claras sobre o início potencial de uma redução nas taxas de juros.
Segundo Alves, até pouco tempo atrás, o consenso do mercado era de que o Banco Central Americano iria começar a cortar os juros em junho. “No entanto, já começa a aumentar as apostas de que talvez possa não ter cortes de juros em junho e sim talvez só em julho, cada vez alongando mais”, pontua.
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