Minha Casa Minha Vida, taxa de juros baixa e iniciativas de acesso ao crédito são fatores-chave que estão esquentando o mercado imobiliário brasileiro neste ano de 2024. Especialistas preveem que, apesar do cenário promissor, o custo dos imóveis continuará em alta. Entenda mais sobre essas previsões a seguir.
Minha Casa Minha Vida um dos impulsionadores do mercado imobiliário!

De acordo com especialistas e executivos do mercado, três fatores principais estão influenciando o aumento da demanda por imóveis no Brasil: a taxa de juros, as políticas de acesso a crédito e a reforma do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). A queda nas taxas de juros e a expansão das políticas de crédito, aliadas a reformas no MCMV, contribuíram para expandir o acesso ao crédito imobiliário e estimular o setor a lançar mais unidades que se enquadram nas regras do programa.
Comprar a casa própria será mais fácil em 2024?
Para responder a essa pergunta, é preciso levar em consideração três fatores: taxa de juros, políticas de acesso a crédito e a reformulação do programa MCMV.
Queda das taxas de juros
Em agosto de 2023, o Brasil iniciou um ciclo de queda de juros. Cinco cortes na taxa básica de juros (Selic) foram realizados pelo Banco Central, chegando a 11,25% ao ano. Os especialistas preveem que o ciclo deve continuar ao longo de 2024, chegando a patamares próximos a 9% até o fim do ano. Juros menores significam financiamento mais barato para o consumidor e gastos menores para os construtores, favorecendo a demanda e o investimento no setor imobiliário.
Mudanças no programa MCMV
Uma ampliação das faixas do programa permitiu que mais pessoas de baixa renda tivessem acesso a mais opções de imóveis. Isso aqueceu o mercado e incentivou o setor a ofertar mais imóveis que se enquadram no programa.
Iniciativas de crédito
O governo federal faz estudos para implementar o chamado FGTS Futuro. Esse programa permitiria o uso de contribuições futuras para comprovar renda, atuando como uma espécie de garantia para quem precisa de crédito para comprar um imóvel.
Contudo, mesmo com o aumento da oferta e acesso a crédito mais facilitados, a expectativa dos especialistas é que os preços dos imóveis continuarão a subir, principalmente devido ao aumento nos custos de construção e às margens de lucro ainda apertadas das incorporadoras.
Embora seja esperado um alívio no preço dos imóveis, a perspectiva de redução real dos preços é improvável. Portanto, enquanto o setor imobiliário vive um momento de crescimento e otimismo, é provável que a compra da casa própria continue a ser um desafio para muitos brasileiros em 2024. A tendência é que os preços dos imóveis continuem aumentando, mas a um ritmo menos acelerado do que o observado nos últimos anos.