O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou nesta segunda-feira, 11 de março de 2024, que seu governo poderá ampliar o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida para abranger também a classe média brasileira. A declaração foi dada durante uma entrevista concedida ao SBT.
A inclusão da classe média no Minha casa Minha vida

Desde a sua implementação, o programa Minha Casa, Minha Vida tem como foco principal a população de baixa renda. No entanto, segundo as palavras do presidente, “a gente tem que construir casa para as pessoas que tem vontade de ter um imóvel e nem são ricos e nem são pobres”. Com isso, Lula indica uma possível mudança na direção do programa, buscando atender um grupo que até então não era o alvo principal das políticas habitacionais.
Manter o foco nos mais pobres
Apesar da proposta de inclusão da classe média, o presidente Lula enfatizou que o foco nas parcelas mais carentes da população brasileira não será deixado de lado. “Nós vamos continuar cuidando das pessoas mais pobres, continuar fazendo casa para as pessoas que ganham menos”, afirmou.
A ideia de proporcionar oportunidade de moradia digna para todos, independente de sua classe social, vem com o desafio de não sobrecarregar o orçamento já comprometido do programa e, ainda, atender a crescente demanda de habitações. Como o governo pretende implementar essa mudança ainda não foi divulgada.
Discurso alinhado à política de inclusão
O discurso demonstra uma tentativa de alcançar uma parcela da população que muitas vezes se encontra no limbo das políticas públicas: a classe média. A proposta de Lula parece estar em sintonia com um ideal de promoção da equidade social, visando incluir aqueles que nem sempre são o alvo das políticas de governo. Entretanto, ainda é preciso aguardar para entender como essas mudanças serão implementadas na prática, sem prejudicar os beneficiários atuais do programa.
Ao mesmo tempo, a proposta pode ser vista como uma tentativa de obtenção de apoio popular, especialmente em um cenário de crise econômica e habitação. Ao prometer mais oportunidades de habitação, o governo tenta mostrar-se ao lado da população, pronta para atender suas necessidades mais básicas.