O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira (12). Mesmo derrubando o Ibovespa nas últimas duas sessões, a Petrobras garantiu a alta firme do índice, com investidores também reagindo ao IPCA benigno de fevereiro e à inflação acima do esperado nos EUA.
Segundo a análise de Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, o Ibovespa reagiu positivamente primeiro em relação ao IPCA, que apesar de ter vindo levemente acima do esperado, os núcleos da inflação seguem desacelerando, o que foi uma boa noticia. Logo depois veio o CPI (inflação americana), que também veio um pouco acima do esperado, mas os núcleos também apresentaram queda, o que animou tanto a nossa bolsa, quanto as bolsas americanas.

O IPCA veio com variação mensal acima do esperado (+0,83% x 0,78% do consenso). No acumulado de 12 meses o indice veio acima do esperado também (+4,50% x +4,44% do consenso), mas ainda em trajetória de queda, mesmo que tímida. Nesse último dado acumulado, o indicador anterior veio +4,51%.
Dos itens que mais impactaram o dado, o destaque ficou para o setor de educação, com alta de +4,98%. Na minha visão, isso não é grande supresa, visto que no primeiro trimestre, de maneira sazonal, o setor de educação tem alta nos preços das mensalidades. Já vestuário caiu -0,44%, ajudando a puxar o índice para baixo.
Lideram as altas as ações da PETZ e Natura, que são bem sensíveis a mudanças na taxa de juros por serem ligadas a economia doméstica. Além disso, o balanço das duas empresas apresentaram leve melhora, o que pode ter atraído cobertura de posições short nesses papéis. Por ultimo PRIO sobe acompanhando o anuncio da empresa sobre um novo programa de recompra de ações, que representa algo em torno de 10% das ações em circulação.
Do lado negativo, poucos destaques, com o mercado em modo “risk-on”. As ações consideradas mais defensivas operam em leve queda, é o caso de CPFL, Fleury e Engie. As quedas podem ser justificadas mais por uma rotação de portfólio por parte dos investidores, saindo de empresas mais conservadoras, para empresas mais arrojadas.
O dólar opera em leve queda, principalmente por conta do IPCA que segue demonstrando uma boa evolução no núcleo da inflação, que segue em tendência de queda. Apesar de um dado de inflação acima do esperado nos EUA, o cenário local está ajudando a segurar a moeda americana. Já o juros futuro opera próximo da estabilidade, sem grandes oscilações.
Confira abaixo os dados de fechamento do Ibovespa e demais índices:
- Ibovespa: 127.667,84 (+1,22%)
- S&P 500: 5.175,24 (+1,12%)
- Nasdaq: 16.265,64 (+1,54%)
- Dow Jones: 39.005,40 (+0,60%)
- Dólar: R$ 4,97 (-0,07%)
- Euro: R$ 5,43 (-0,07%)