O investimento em FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) vêm registrando crescimento expressivo nos últimos anos no Brasil. De acordo com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), apenas em 2023, esta classe de fundos registrou um aumento de R$ 88,2 bilhões no patrimônio líquido (PL), passando de R$ 337,9 bilhões para R$ 426,1 bilhões.
Se considerarmos um período de tempo ainda maior, notamos que este crescimento é sólido e constante. Em dezembro de 2020, o PL dos FIDCs estava em R$ 181,5 bilhões. Isso significa que em três anos o patrimônio desta classe de fundos aumentou em 134%.
Neste cenário, a escolha de empresas especializadas e com know how para fazer toda a parte de administração, controladoria, custódia e escrituração de cotas destes produtos é ainda mais importante.
Enquanto o gestor do FIDC escolhe os ativos que irão compor a carteira, o papel do administrador envolve uma série de outras atividades fundamentais para a existência do fundo.
Entre elas estão a elaboração dos Regulamentos, Prospectos e Termos de Adesão, além da convocação e instauração de Assembleia Geral de Cotistas e a atualização e manutenção da documentação legal – só para citar algumas das diversas atribuições.
“O administrador é uma figura central, que precisa ter experiência e qualificação para conseguir atender à demanda crescente de novos formatos e players neste mercado”, afirma Marco Tulio Lima, head Comercial da Vórtx, empresa que fornece soluções de infraestrutura para a indústria de fundos, incluindo FIDCs.
Entre os diferenciais da Vórtx na administração destes fundos está o desenvolvimento de interfaces com as registradoras, sob demanda do gestor do fundo. “Boa parte dos ativos cedidos que compõe o FIDC precisam de registro, o que é de responsabilidade do gestor. Nós oferecemos este serviço, utilizando toda tecnologia de automação desenvolvida internamente”, diz o executivo.
Além disso, a Vórtx também disponibiliza tecnologia para a verificação de lastro de forma automatizada, o que garante ainda mais agilidade para os gestores de FIDCs. “São alguns dos serviços que oferecemos para tornar os processos ainda mais rápidos e eficientes”, destaca.
Motivos para o crescimento dos FIDCs
Nos últimos anos, uma parte deste crescimento dos FIDCs pode ser endereçada a uma operação que vem se tornando cada vez mais comum: grandes bancos encontraram nestes fundos uma alternativa eficaz para direcionarem capital a setores específicos – como agricultura e o setor automotivo – evitando impactos em seus próprios demonstrativos financeiros.
Funciona assim: ao fazerem um investimento em FIDC, os bancos ajudam a fomentar o setor que emitiu aqueles direitos creditórios que compõe o fundo. Ao mesmo tempo, a operação contribui para melhorar a estrutura dos seus balanços, já que as instituições conseguem fornecer crédito sem aumentar o passivo.
Isso acontece porque como foi realizado um investimento no FIDC, a operação entra como “ativo” no balanço. “O banco passa a ter uma cota sênior, com pouca volatilidade e com uma remuneração acima do que conseguiria se investisse o caixa em um título público”, explica o Head da Vórtx.
Ele destaca que as operações dos bancos que investem em FIDCs, realizadas no ambiente da Vórtx, acontece no modelo One Stop Shop.
“Somos proativos na estruturação até a implementação junto aos originadores e investidores, na facilitação tecnológica para o fluxo de cessão de créditos, na troca de arquivos de remessa de aquisição e liquidação e no set up de alguns parâmetros para suportar o gestor no monitoramento dos critérios de elegibilidade, entre outros serviços para estas operações”, afirma.
O que é o FIDC
O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) deve alocar no mínimo 50% de seu patrimônio líquido em direitos creditórios. Estes são títulos negociáveis que surgem de créditos originados por diversas operações realizadas por instituições financeiras, industriais e do setor de varejo, entre outras.
O processo pelo qual os créditos que as instituições possuem a receber são convertidos em ativos negociáveis é chamado de securitização.
Para exemplificar, considere uma empresa que detém uma carteira de créditos a receber e necessita de financiamento imediato, antes do vencimento desses créditos.
A empresa pode então optar pela securitização, transformando esses créditos em títulos negociáveis. Esses títulos, conhecidos como direitos creditórios, podem ser comercializados através dos FIDCs, proporcionando à instituição o financiamento necessário.
De acordo com Marco Tulio Lima, os FIDCs são uma solução para o financiamento da cadeia produtiva do mercado de capitais, principalmente pela escassez de capital de giro e os altos spreads em alguns segmentos – principalmente o Middle Market.
“O custo de capital e a inadimplência explicam boa parte dessa escassez. Sob uma outra ótica, os bancos viram uma eficiência em adquirir cotas seniores para fomentar ainda mais essas estruturas com objetivo de financiarem algumas cadeias produtivas de forma indireta”, conclui.
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