Segundo a análise de Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital, o movimento do mercado de hoje se deu principalmente pelo maior apetite a risco dos investidores que buscam sempre olhar “preço x valor”. A taxa de juros alta nos EUA e divulgação em sequência de dados fortes da economia americana demonstram a dificuldade que eles terão para baixar os juros por lá, entretanto a velha máxima “compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos” pode estar fazendo sentido para muita gente.
Enquanto o “medo e a incerteza” paira sobre o mercado, pode ser uma excelente chance para os investidores de longo prazo aumentarem suas posições em boas empresas dado o P/L que o IBOV negocia atualmente que é abaixo da média histórica.

Entre as 3 maiores altas de hoje vemos a BRKM5 novamente em função de “boato” sobre possível venda, tendo em vista que pode ser uma possível pauta de conversa do presidente da Petrobrás com CEO da Adnoc em viagem para Abu Dhabi, e as empresas de siderurgia e mineração estimuladas por uma nova alta do minério de ferro cotando em R$ 130,00 a tonelada.
Na ponta contrária, vemos TIMS3 e VIVT3 com uma realização de lucros depois de um forte movimento de alta que vem desde janeiro de 2023.
Os juros futuros terminam o dia em alta reagindo, na minha visão, aos dados do PPI divulgado pelos EUA que pode fazer com a taxa de juros se mantenha em níveis mais elevados e por mais tempo afetando todo o mercado global. Pelo lado do dólar um movimento de indecisão completa, dado a incertezas sobre os rumos da economia em 2024. Acredito que o dólar deva trabalhar entre R$4,85 e R$5,00 em 2024 até que se tenha mais clareza sobre os efeitos das ações dos Bancos Centrais no controle da inflação.
Confira o fechamento do Ibovespa e demais índices
- Ibovespa: 128.725,88 (+0,79%)
- S&P 500: 5.005,55 (-0,48%)
- Nasdaq: 15.775,65 (-0,82%)
- Dow Jones: 38.627,40 (-0,38%)
- Dólar: R$ 4,96 (-0,03%)
- Euro: R$ 5,35 (+0,03%)