A presidente do NBD (Novo Banco de Desenvolvimento) e ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, revelou que o Brics – um grupo de países inicialmente formado por:
- Brasil,
- Rússia,
- Índia,
- China,
- África do Sul
agora representa 31,5% do PIB global.

Este desenvolvimento ultrapassou os 30,8% do G7, que inclui:
- Alemanha,
- Canadá,
- Estados Unidos,
- França,
- Itália,
- Japão,
- Reino Unido,
- União Europeia.
A revelação foi feita durante a participação de Rousseff no World Government Summit, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Entendendo o crescimento do Brics
Os cálculos de Rousseff baseiam-se no sistema PPC (Paridade de Poder de Compra), um método que, simplificando, iguala o poder de compra de diferentes moedas. Esta técnica considera que o valor que US$ 100 pode comprar varia entre diferentes países. O Brics foi inicialmente estabelecido em 2009 por Brasil, Rússia, Índia e China, com a África do Sul juntando-se em 2010. Agora, o bloco está se expandindo para incluir a Arábia Saudita, o Egito, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia e o Irã.
A previsão do FMI para o Brics
Ao projetar o futuro, Rousseff referenciou o Fundo Monetário Internacional (FMI), que previu que até 2028, os países do Brics representarão de 35 a 40% do PIB global, ao passo que a participação do G7 reduzirá para 27,8%. Ela afirmou que “mesmo com as dificuldades relacionadas à injusta ordem financeira internacional e ao grande endividamento dos países em desenvolvimento, os números do FMI são uma boa ilustração desta nova tendência”.
O desempenho econômico pregresso do Brics
Em 2022, o PIB do Brics atingiu impressionantes US$ 25,9 trilhões. Este valor, produzido pelos cinco países membros iniciais, equivalia a 25,5% da atividade econômica global. Em 2010, quando a África do Sul ingressou no bloco, o PIB do Brics atingia US$ 11,9 trilhões – equivalente a 17,9% da economia mundial naquela época. Desde então, o bloco tem expandido sua participação na economia global, principalmente através do crescimento das gigantes asiáticas China e Índia. Em 2022, esses dois países representavam 21% do PIB global.
A história e a expansão do Brics
O termo “bric” foi criado em 2001 por Jim O’Neill, então economista-chefe do Goldman Sachs, para abranger Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul juntou-se ao bloco em 2010, dando ao acrônimo seu “s” final. Em 2023, a cúpula do bloco anunciou mais seis novos membros:
- Argentina,
- Arábia Saudita,
- Egito,
- Emirados Árabes Unidos,
- Etiópia,
- Irã.
No entanto, a Argentina, sob o presidente Javier Milei, recuou da adesão ao Brics.
Ao destacar o rápido crescimento do bloco, a presidente Dilma Rousseff exemplificou o poder de mutação dos países emergentes na economia global.