No Brasil, que viveu um regime militar entre 1964 e 1985, a questão da participação de militares em possível tentativa de golpe de Estado tem gerado preocupação e polêmicas. O comandante da FAB, tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, defende uma “investigação completa” sobre a suposta participação de militares na tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022.
Operação da PF por suspeita de golpe

Damasceno reforça o compromisso da Força Aérea Brasileira (FAB) com a constituição e princípios democráticos. Para o comandante, qualquer militar que tenha infringido a disciplina da Aeronáutica deverá ser punido.
A Polícia Federal, em 8 de fevereiro de 2024, deflagrou a operação Tempus Veritatis que busca esclarecer as acusações de atuação deliberada de um grupo para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder em 2022.
Até o momento, nenhum militar da Aeronáutica foi identificado como participante da suposta tentativa de golpe de Estado. Damasceno também afirmou que não tinha conhecimento da reunião de Bolsonaro com integrantes do então governo em julho de 2022, onde ocorreram ataques às urnas eletrônicas.
Outros assuntos
Na entrevista, Damasceno abordou outros temas, como a relação com o atual presidente, a necessidade de um novo avião presidencial, a questão do povos Yanomami e a preparação de uma possível instalação de hospital de campanha no Rio de Janeiro. Ao final, reforça que o papel da FAB é de serviço à nação brasileira, sempre baseada na legalidade, impessoalidade e moralidade.