Números divulgados pela Serasa Experian indicam um ano complicado para empresas brasileiras. Os pedidos de recuperação judicial dispararam em 2023, quase 70% a mais em comparação ao ano anterior. Cerca de 1,4 mil solicitações judiciais desse tipo foram registradas, o que representa um dos maiores índices já observados no país.
A visão de Luiz Rabi, economista da Serasa Experian

Luiz Rabi aponta que, apesar de alguns sinais de melhoria no quadro econômico, como queda na inflação e nas taxas de juros, observa-se uma melhora mais lenta do que a esperada para a recuperação judicial. Isso enfatiza a necessidade de soluções rápidas e eficazes para ajudar as empresas que enfrentam dificuldades.
Pedidos de recuperação judicial mais notáveis de 2023
Na vanguarda dos requerimentos, podemos identificar grandes nomes do mercado, como o das Americanas, Light, Oi e Gol. Curiosamente, no caso da Gol, a solicitação se deu internacionalmente, nos Estados Unidos. Tal movimento serve como representação vívida da escalada da inadimplência no âmbito empresarial do ano em questão.
Setor que mais solicitou recuperação judicial em 2023
O setor de serviços se destacou em número de pedidos de recuperação judicial, ultrapassando 650 solicitações. Este foi seguido pelo comércio, com quase 380 requerimentos. Esse crescente número de pedidos evidência as adversidades que estes segmentos vêm enfrentando em face das instabilidades econômicas do período.
O movimento paralelo das falências em 2023
Em paralelo aos pedidos de recuperação judicial, em 2023, notou-se um aumento de 13,5% nos pedidos de falências em comparação ao ano anterior, o que corresponde a um total de 983 solicitações. Este crescimento foi impulsionado, na maioria, pelas micro e pequenas empresas.
Esses desafios reforçam a busca por uma economia brasileira mais firme e dinâmica. O ano de 2023 marca uma batalha que servirá como um estudo de caso para os próximos anos. Sem dúvida, os esforços para superar essa crise contribuirão para moldar a futura resiliência do ecossistema de negócios do Brasil.