Muitos brasileiros encaram o novo ano, 2024, com um objetivo financeiro principal: sair das dívidas. Diante dos desafios e incertezas, consolidar os débitos pode ser a solução. Para isso, entretanto, é fundamental entender o que é a consolidação das dívidas e como ela pode ser aplicada.
Por onde eu devo começar para consolidar as dívidas?

Segundo Carlos Castro, planejador financeiro CFP pela Planejar, o primeiro passo é ter clareza da totalidade de suas dívidas. “Mapear os débitos é fundamental. Sabe quanto você deve, quem são os credores, e o tipo de dívida que possui é um passo crucial para organizar as finanças”, explica ele.
Quais são as vantagens e as desvantagens?
Consolidar dívidas pode ter vantagens e desvantagens, dependendo da situação financeira individual. Aqui estão algumas considerações gerais:
Vantagens:
- Simplificação dos Pagamentos: Consolidar dívidas pode envolver a combinação de várias dívidas em um único pagamento mensal. Isso simplifica a gestão financeira, tornando mais fácil acompanhar e pagar as obrigações.
- Taxas de Juros Mais Baixas: Em alguns casos, a consolidação de dívidas pode resultar em uma taxa de juros global mais baixa. Isso pode ajudar a reduzir o custo total da dívida ao longo do tempo, economizando dinheiro.
- Pagamentos Mensais Reduzidos: Se a taxa de juros é menor ou se o prazo de pagamento é estendido, os pagamentos mensais podem ser reduzidos, proporcionando alívio financeiro de curto prazo.
Desvantagens:
- Custo Total Maior: Embora os pagamentos mensais possam diminuir, o custo total da dívida ao longo do tempo pode aumentar se o prazo de pagamento for estendido. Isso ocorre porque você acaba pagando mais juros.
- Risco de Continuar com Hábitos de Gastos Ruins: Consolidar dívidas não resolve os problemas subjacentes de má administração financeira. Se os hábitos de gastos não forem corrigidos, há um risco de acumular novas dívidas mesmo após a consolidação.
- Perda de Benefícios Originais: Algumas dívidas, como empréstimos estudantis, podem ter benefícios específicos, como taxas de juros subsidiadas ou programas de perdão de dívidas. Consolidar essas dívidas pode resultar na perda desses benefícios.
- Requisitos de Qualificação: Nem todos podem se qualificar para programas de consolidação de dívidas. Os credores podem impor requisitos rigorosos, e se sua situação financeira não atender a esses critérios, a consolidação pode não ser uma opção viável.
Como funciona a consolidação das dívidas?
A consolidação das dívidas não é um produto específico, mas um processo. A ideia é substituir várias dívidas menores por uma maior, geralmente por meio de empréstimos pessoais ou com garantias. “A consolidação permite a organização das finanças e uma visão clara de todos os encargos, antes divididos em várias dívidas diferentes”, salienta Castro.
Principais desafios
O planejador financeiro destaca que um dos maiores obstáculos no processo de consolidação de dívidas é o acesso a crédito. Isso pode ser mais desafiador para aqueles que mais precisam consolidar suas dívidas, pois as dívidas anteriores podem limitar as opções de crédito disponíveis. Nesses casos, empréstimos com garantias ou consignados podem ser alternativas viáveis.
Alternativas além da consolidação
A consolidação das dívidas não é a única estratégia de gestão de dívidas disponível. Castro sugere sempre tentar negociar com as instituições financeiras, que têm interesse em evitar a inadimplência. Ele ainda aponta os eventos de renegociação promovidos por empresas como a Serasa como outra possibilidade para lidar com as dívidas.
Em conclusão, Com planejamento e clareza, as dívidas podem ser administradas de forma eficaz e progresso pode ser alcançado rumo à estabilidade financeira.