Entre as calamidades mais destrutivas da natureza, estão os incêndios florestais. Em grandes proporções, eles são capazes de devastar extensas áreas de vegetação, infernizar a existência da fauna local e causar graves danos às infraestruturas humanas. No Chile, esta cena de desolação se tornou uma triste realidade, desde a última quinta-feira (1º.fev.2024).
De acordo com dados do Serviço Legal Médico do país sul-americano, a tragédia já deixou 112 mortos. Dentre as vítimas, 32 tiveram suas identidades confirmadas até a noite do último domingo (4.fev). À medida que os socorristas conseguem chegar às áreas devastadas pelo fogo, espera-se que o número de fatalidades aumente.
Medidas governamentais do Chile tentam combater a crise

Diante da situação alarmante, o presidente do Chile, Gabriel Boric, declarou estado de emergência, na sexta-feira (2.fev.2024), nas províncias mais impactadas pelo incêndio: Valparaíso e Marga Marga. No dia seguinte, a ministra do Interior do Chile, Carolina Tohá, se encontrou com membros do Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred, em espanhol) para delinear estratégias de combate ao avanço das chamas. “Depois do terremoto de 2010, os incêndios florestais em Valparaíso são a situação de emergência que mais vítimas gerou no Chile nos últimos tempos”, afirmou Tohá em coletiva de imprensa.
Perdas ainda indeterminadas: acessar áreas atingidas é um desafio
Tohá destacou a dificuldade em mensurar completamente a extensão dos danos causados pelos incêndios, já que grande parte da região afetada, localizada no centro do país, ainda é inacessível. “Consequentemente, não temos um levantamento completo das vítimas nem das casas e infraestruturas danificadas”, afirmou a ministra. Cenário desolador no Chile nos leva a refletir sobre nossa responsabilidade coletiva na preservação dos recursos naturais e na prevenção das mudanças climáticas, que tendem a agravar eventos extremos, incluindo incêndios florestais. Este incidente deveria servir como um alerta – e um chamado à ação – para todos nós.