Nesta segunda-feira (5), Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, afirmou que existem planos do governo para possivelmente auxiliar na reestruturação de empresas aéreas, porém, sem a contribuição financeira direta do Tesouro Nacional. O Ministro estima que uma proposta de assistência ao setor seja esboçada ainda neste mês de fevereiro. “Não existe socorro com dinheiro do Tesouro. Isso não está nos nossos planos”, afirmou.
Pressão das companhias aéreas geram fala de Haddad

Empresas aéreas estão pressionando o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por medidas que amortizem os impactos causados pela pandemia de Covid-19 no setor. As companhias pedem ao menos R$ 3 bilhões em linhas de crédito. Alegam que sem o auxílio, elas não poderão aderir ao programa Voa Brasil, que tem como objetivo ofertar passagens aéreas por R$ 200 para grupos específicos.
Possíveis medidas de apoio segundo Haddad
Haddad afirma que a ajuda ao setor pode envolver a criação de um fundo, mas sem implicar em despesas primárias. Enquanto isso, o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou em janeiro que está em discussão um fundo de até R$ 6 bilhões para socorrer as aéreas. Ele afirmou que o ministério da Fazenda e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estão colaborando nessas discussões.
Pedido de estabilidade de emprego
Além do pedido de socorro financeiro, os profissionais do setor, incluindo pilotos e comissários de bordo, pedem ao governo o compromisso de estabilidade no emprego por três anos a partir do momento em que as companhias aéreas tiverem acesso aos recursos. As medidas de ajuda incluiriam flexibilização de condições para negociar dívidas tributárias e regulatórias com a União e uma linha de crédito no BNDES garantida pelo Fundo Nacional de Aviação Civil, no caso de inadimplência das empresas.
A infuencia do preço do combustível
Apesar do setor aéreo apontar o preço do querosene de aviação como um dos fatores que vem impactando o preço das tarifas, Ministro Haddad afirma que o valor do combustível vem em trajetória de queda durante o governo atual, e que isso não pode ser usado como justificativa para o aumento das passagens aéreas.
Como houveram pedidos por parte das companhias aéreas para que a Petrobras reduzisse o valor praticado, na última semana, a companhia afirmou que cortou cerca de 30,3% do preço no ano passado. “Não pode ser justificativa para aumento do custo de passagem aérea”, finalizou Haddad.