Nesta quinta-feira (01)m o Ibovespa conseguiu fechar em alta, ancorado na gigante de petróleo da bolsa brasileira, a Petrobras (PETR3; PETR4) que avançou e reduziu as perdas no índice. As ações da petroleira salvaram o dia, enquanto a maior parte da carteira teórica cai sob efeito da superquarta.
Segundo a análise de Anderson Silva, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, o mercado ainda está digerindo a decisão do FED e do COPOM. Nos EUA, os mercados ainda se recuperam após um discurso mais hawkish de Powell e sem indicativos de uma queda mais próxima dos juros por lá. E em meio as incertezas, os investidores buscam oportunidades em empresas que podem ter uma grande valorização com as quedas de juros, o que fez aparecer entre as maiores altas do IBOV ações como PCAR3 e CVCB3, que se beneficiam de um cenário de queda de juros.
Petrobras também sobe acompanhando a alta do petróleo lá fora e retomando máximas históricas após rumores de um cessar fogo entre Israel e Hamas, que fizeram o papel ficar volátil mais cedo.
Arezzo e Soma sobem também após empresas informarem que estão conversando sobre possível fusão. Juntas, ambas criariam uma empresa de cerca de R$ 13 bilhões. As companhias afirmaram que pode haver uma “unificação das bases acionárias em uma única companhia com governança compartilhada”, o que deixou os investidores dos papeis animados.
Na ponta contrária, BHIA3 RRRP3 e ALPA4 continuam seu movimento de queda. Na minha visão, é importante enfatizar que 2024 não será um ano fácil. Depois de um grande movimento de alta no final de 2023, o mercado tem espaço para correção. Esse movimento dificulta a vida de quem quer especular com uma possível alta do mercado, porém ajuda quem quer aumentar cada vez mais as suas posições a preços mais baratos. É importante lembrar que o IBOV está negociando com um P/L de 7,66x bem longe da média e de suas máximas.
A queda dos juros futuros continua refletindo a perspectiva dos cortes futuros da taxa básica de juros que o Banco Central já vem deixando “précontratado” na casa dos 0,50 pontos. O Dólar segue o movimento lateral em meio as incertezas do cenário macro econômico. Acredito que, sem um apontamento claro do controle da inflação pelos EUA, e dado ao volume crescente de exportações do Brasil, esse deve ser o novo patamar de negociação da moeda, entre R$4,85 e R$4,95.
Confira o fechamento do Ibovespa e demais índices
- Ibovespa: 127.283,98 (+0,57%)
- S&P 500: 4.906,25 (+1,25%)
- Nasdaq: 15.361,64 (+1,30%)
- Dow Jones: 38.519,97 (+0,97%)
- Dólar: R$ 4,91 (-0,44%)
- Euro: R$ 5,34 (-0,15%)