Na reunião desta superquarta, o Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed) optou por manter a faixa de juros nos EUA entre 5,25% a 5,50%, uma decisão unânime. A justificativa do FED é porque a atividade econômica do país tem se expandido em um ritmo sólido.
Ricardo Rodil, economista e líder do Mercado de Capitais do Grupo Crowe Macro, oitava rede mundial nas áreas de auditoria e consultoria, deu uma entrevista exclusiva ao portal da BM&C News e começou dizendo que essa decisão foi “uma mudança notável em relação à divulgação de dezembro, quando o Fed alertou sobre uma desaceleração econômica”.
Rodil disse que essa postura pode alterar as expectativas em relação ao início do corte da taxa de juros, pois antes, o mercado estava antecipando uma trajetória de queda tanto nos EUA quanto na Europa.
Quais são as consequências?
O economista disse que as consequências desses movimentos são significativas para os investidores em todo o mundo, sejam eles indivíduos, empresas ou instituições financeiras como fundos de investimento e private equity. A redução das taxas de juros nos países desenvolvidos leva os investidores a buscar aplicações mais lucrativas, mesmo que associadas a riscos mais elevados. Isso é especialmente benéfico para os países em desenvolvimento, que frequentemente dependem de investimentos estrangeiros devido à falta de poupança interna suficiente.
Por fim, ele afirmou que o Brasil também pode se beneficiar disso.