O Desenrola Brasil, programa com foco na renegociação de dívidas, terá suas estratégias alteradas em breve visando uma maior adesão do público-alvo. Entre as mudanças, a oferta de parcelamento dos débitos surge como principal novidade.
O que vai mudar no Desenrola Brasil?

Uma das alterações mais relevantes é a permissão da divisão das dívidas em várias parcelas, indo de encontro com a regras anteriores que exigiam o pagamento total do débito de uma só vez. A existência do Fundo Garantidor de Operações (FGO) na faixa 1 do programa permite que haja um desconto médio de 83% em dívidas tanto bancárias quanto não bancárias.
Adesão do Desenrola Brasil abaixo do esperado
Apesar de ter efetuado um montante de cerca de R$ 33 bilhões em renegociações, beneficiando aproximadamente 11 milhões de pessoas, o Desenrola Brasil não atinge a expectativa de adesão esperada pelo governo. Marcos Pinto, secretário de reformas econômicas do Ministério da Fazenda, reforça que a aplicação do parcelamento ainda é dependente do estabelecimento de medidas de segurança bancária. A previsão é que isso se efetive até o final de janeiro.
Qual a nova estratégia do Desenrola Brasil?
Outra inovação é a futura integração dos sites das empresas de crédito na plataforma do programa, agendada para fevereiro. Está também em debate a opção dos clientes poderem realizar a renegociação diretamente nas plataformas dos bancos, se já possuírem vínculo prévio com a instituição financeira.
A questão da conscientização de seu público-alvo se apresenta como um obstáculo para a expansão do Desenrola Brasil. A falta de informação a respeito de como utilizar a plataforma, particularmente após as modificações propostas, é vista como um entrave para o aumento da adesão ao programa. A previsão é que a flexibilização no processo de parcelamento possa contribuir para um maior alcance do programa junto aos cidadãos.