O começo de 2024 trouxe uma nova realidade para aproximadamente 60 milhões de brasileiros. O reajuste de 6,97% no salário mínimo impulsionou a renda de um considerável contingente populacional e gerou impactos em diversos setores, alterando taxas, contribuições e valores fixados pela Justiça.
Microempreendedores Individuais e o reajuste salarial

Um desses setores é o dos Microempreendedores Individuais (MEI). Com o acréscimo no salário mínimo, a contribuição mensal dessa categoria aumentou para R$ 70,60, representando um acréscimo de R$ 4,60 por mês. Embora esse valor possa parecer pequeno para alguns, para os microempreendedores, especialmente aqueles que estão começando, esse aumento tem um impacto significativo.
A nova remuneração mínima também ocasionou mudanças na tabela da Previdência e nos valores de indenizações dos Juizados Especiais Cíveis.
Outras mudanças geradas pelo reajuste do salário mínimo
Além dos MEIs, outros grupos da população sentirão os efeitos dessa alteração. Entre eles estão as donas de casa de baixa renda, que terão o valor de sua contribuição previdenciária reajustada para R$ 70,60.
Para os autônomos que contribuem com o INSS em 11%, o valor passou de R$ 145,20 para R$ 155,32. Já o teto para indenizações em casos de causas cíveis aumentou para R$ 56.048,00, enquanto nos Juizados Especiais Federais, esse valor saltou para R$ 84.720,00.
Os benefícios atrelados ao mínimo, como o abono do PIS-Pasep, o benefício de prestação continuada (BPC), o seguro-desemprego e os critérios de adesão a programas sociais do CadÚnico também foram ajustados. Além disso, o salário das aposentadorias seguirá o mesmo percentual de aumento do mínimo.
Segundo Flávio Zambitte, professor de Direito da Uerj, cerca de 70% dos benefícios da previdência brasileira correspondem ao salário mínimo. Portanto, com o reajuste, esses beneficiários passarão a receber o novo valor estabelecido como mínimo.