No dia 28 de agosto de 2023, será desvendado o processo de contribuição para a Previdência Social para trabalhadores autônomos. Os empregados com contrato de trabalho formal não precisam se preocupar com isso, pois essa contribuição é dever da empresa empregadora. Mas, para quem trabalha por conta própria, é de fundamental importância entender como pagar o INSS autonomamente.
Por que Trabalhadores Autônomos Precisam Pagar o INSS?

De acordo com a legislação brasileira, a contribuição para a Previdência Social é obrigatória para todos os trabalhadores, mesmo aqueles sem vínculo empregatício formalizado. Portanto, os trabalhadores autônomos, que realizam atividades remuneradas de forma independente, também devem contribuir para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Além do pagamento facultativo para pessoas acima dos 16 anos de idade que não possuem renda ou atividade remunerada, como estudantes e desempregados, essa contribuição oferece a possibilidade de acessar benefícios da previdência mesmo sem estarem formalmente empregadas.
Contribuindo para o INSS: um Guia para Trabalhadores Autônomos
Ao contribuir para o INSS, o trabalhador autônomo deve preencher o Guia da Previdência Social (GPS) e emitir as guias de pagamento. Essa é a documentação utilizada pelos contribuintes individuais, empregados domésticos, segurados especiais e facultativos para realizar o pagamento previdenciário.
A versão física do GPS, colorida de laranja, pode ser adquirida em papelarias e o pagamento pode ser efetuado em casas lotéricas ou bancos conveniados. Um detalhe importante é que as guias físicas não possuem código de barras, mas alguns bancos aceitam o pagamento por meio de internet banking ou caixa eletrônico, através do preenchimento das informações.
A Guia da Previdência Social na Era Digital
Se a preferência for pela praticidade do meio digital, as guias de pagamento também podem ser emitidas online através do site Meu INSS. Após o preenchimento dos dados necessários, uma guia com código de barras equivalente a um boleto comum será gerada, facilitando o processo de pagamento.
O trabalhador autônomo pode acessar o site Meu INSS, entrar com seu login Gov.br, selecionar a opção “Emissão da Guia de Pagamento (GPS)” e seguir as instruções para preencher sua categoria de contribuição, número PIS, dados cadastrais, competência, salário de contribuição, código de pagamento, e data de pagamento. Após a conferência e confirmação, será gerada a guia de pagamento com código de barras.
Entendendo os Códigos de Pagamento do INSS
Ao realizar o pagamento do INSS como contribuinte independente, é fundamental escolher o código de pagamento correto. O código identifica o tipo de contribuição a ser realizada e se esta será mensal ou trimestral. Os trabalhadores autônomos têm algumas opções para escolher, como os principais códigos: 1163, para o plano simplificado de recolhimento mensal; e 1007, para o plano tradicional para quem presta serviços para pessoas físicas.
Trabalhador Autônomo ou Microempreendedor Individual (MEI): Qual a Diferença?
Ambos os perfis representam os brasileiros que trabalham de forma autônoma. Entretanto, um MEI difere de um trabalhador autônomo devido à sua natureza jurídica, uma vez que o MEI representa uma pessoa jurídica enquanto o trabalhador autônomo é classificado como pessoa física.
O MEI também é responsável pelo recolhimento do INSS, mas realiza esse processo de maneira diferente: por meio da contribuição mensal vinculada ao seu CNPJ. Portanto, não é necessário que o MEI emita a Guia da Previdência Social para contribuir, a menos que este deseje aumentar o valor de recolhimento previdenciário.
O Papel Vital da Contribuição para o INSS
Ao contribuir para o INSS, o trabalhador garante sua aposentadoria futura, bem como a proteção financeira para sua família nos casos de doença, acidente de trabalho, morte, entre outras situações. É fundamental encarar a contribuição como um investimento a longo prazo, que garantirá segurança financeira e tranquilidade para o futuro.
Benefícios como aposentadoria por idade ou tempo de contribuição, pensão por morte, auxílio-doença, salário-família, entre outros, são garantidos aos contribuintes. Portanto, é da maior importância que os trabalhadores autônomos cumpram sua parte no recolhimento do INSS e garantam seus direitos.