O Livro Bege, divulgado pelo Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, revela que praticamente todos os distritos dos Estados Unidos apresentaram indícios de enfraquecimento no mercado de trabalho. Adicionalmente, o crescimento do emprego foi descrito como modesto em alguns estados, refletindo-se também nos salários.
Apesar disso, a taxa de juros ainda não experimentou uma redução significativa. No entanto, de acordo com informações obtidas junto a empresários consultados, há um otimismo palpável em relação às perspectivas de queda das taxas de juros no país.
Mesmo com todos os dados divulgados, o livro Bege não provocou nenhuma reação negativa nas bolsas de NY e também no Dólar.
Ricardo Rodil, economista e líder do Mercado de Capitais do Grupo Crowe Macro, oitava rede mundial nas áreas de auditoria e consultoria, conversou exclusivamente com a BM&C News e disse o que pensava sobre os dados. “‘ Não foram notadas mudanças muito grandes, exceto por certos aumentos pontuais relacionados com as Festas de Fim de Ano.” Além disso, Rodil comentou sobre os juros americanos. ”A perspectiva de afrouxamento na política monetária (baixa dos juros) foi citada por consumidores como um incentivo ao consumo.
Ricardo disse que quem acompanha a evolução da economia dos Estados Unidos não se surpreendeu e já percebia este movimento de enfraquecimento das pressões inflacionárias.
Por fim, o economista falou do possibilidade de impacto para o Brasil. ”Ainda é cedo para estimar o impacto que isso poderá ter no Brasil, caso realmente haja uma queda no investimento estrangeiro, e/ou se essa queda nas preferências pode ter sido influenciada por uma reforma tributária confusa, cujos efeitos esses executivos ainda não conseguem vislumbrar com clareza”.
É relevante ressaltar que o livro Bege funciona como um resumo das condições econômicas do país, desempenhando um papel fundamental nas decisões de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos (Fed).