Inicia-se o ano e, com ele, a corrida do pagamento de impostos. Logo em janeiro, é preciso lidar com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Comum em muitos municípios e estados, esses órgãos costumam oferecer descontos para aqueles que decidem quitar esses débitos de uma única vez. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, oferecem desconto que varia de 3% a 7% para pagamento à vista. Mas surgem as dúvidas: vale mais a pena pagar o IPVA e o IPTU à vista ou parcelado? Como decidir?
O que considerar ao decidir sobre o pagamento do IPTU e IPVA?

Primeiramente, é importante lembrar que essa discussão se aplica apenas para quem possui o dinheiro em mão para pagar à vista. Não é aconselhável pegar dinheiro emprestado para quitar essas dívidas de uma vez só, pois os juros das linhas de crédito costumam ser mais altos do que os descontos concedidos pelos impostos.
Outro fator relevante é a relação que o contribuinte possui com o dinheiro. Se o sujeito tem dificuldades em controlar suas finanças, acaba se esquecendo dos prazos de pagamento ou gasta o dinheiro com outras coisas, talvez seja melhor considerar o pagamento à vista.
O pagamento do IPTU e IPVA à vista é mais vantajoso?
De maneira geral, considerando a taxa básica de juros, a Selic, ou a taxa DI, que remunera muitos produtos bancários de investimento, como o CDI, o pagamento à vista é quase sempre mais compensador. Porém, esse é um cálculo que deve ser feito considerando o desconto no pagamento à vista, as condições de parcelamento e o rendimento obtido caso o montante seja investido.
Se há possibilidade de investir o dinheiro com rendimento líquido maior do que o desconto oferecido, o pagamento à vista se torna menos atraente. Essa análise requer, principalmente, uma comparação entre o desconto ofertado pelo pagamento à vista e a taxa de rendimento de um investimento financeiro. Lembrando que estamos em uma época onde as taxas de juros estão em queda, o que pode favorecer o parcelamento.
Qual o melhor caminho a seguir?
Não existe uma resposta definitiva para todos os contribuintes. Cada situação financeira é única e exige uma análise particular, portanto, cabe ao cidadão analisar suas condições financeiras, se informar sobre as regras dos impostos em seu município ou estado e tomar a decisão mais apropriada para o seu caso.
Na dúvida, considere a sabedoria popular: “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. Garanta o desconto na liquidação da dívida, se tiver o recurso disponível, ao invés de correr o risco de se enrolar com parcelamentos e acabar pagando mais no final.