Ano após ano a gigante varejista das Casas Bahia (BHIA3) vem enfrentando quedas significativas em suas ações. Em 2023, suas ações despencaram 81% e em 2024, segundo projeções da BB Investimentos, a situação não deve ser diferente. A recomendação da corretora foi de venda para as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 9,8, indicando um potencial de queda de 5% em relação ao último fechamento de sexta-feira (5) de fevereiro de 2023.
Planos de Recuperação e Desequilíbrio nas Casas Bahia

Após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, a analista Georgia Jorge, da BB Investimentos, rebaixou sua recomendação devido à apresentação de números fracos e uma situação delicada para a companhia, que inclui o rebaixamento de ratings corporativos e de crédito. Para Georgia Jorge, o plano de recuperação da Casas Bahia apresenta um risco elevado.
Mesmo com a incorporação de premissas mais conservadoras de crescimento e rentabilidade para 2024 e 2025, o Grupo Casas Bahia segue enfrentando desafios. Há um desequilíbrio na relação risco-retorno que coloca a empresa em uma posição delicada.
Ameaças à Recuperação das Casas Bahia
De acordo com a visão do BB, as maiores ameaças para a recuperação da empresa são:
- Execução do plano estratégico;
- Impacto de investimentos em aquisição de clientes e o desenvolvimento da omnicanalidade além do esperado;
- Incapacidade de atrair e reter os melhores vendedores em sua plataforma de marketplace;
- Incapacidade de escalar e rentabilizar a solução financeira oferecida aos seus clientes, assim como as novas soluções logísticas; e
- Aumento das provisões além do esperado.
Soluções Propostas pelas Casas Bahia
Visando uma virada nesses resultados, a Casas Bahia anunciou, juntamente com seu balanço, um plano de reestruturação que se baseia em alavancas operacionais e otimização da estrutura de capital. As iniciativas da empresa também incluem uma possível redução de lojas em 2023, revisão do quadro de lojas e de aluguel e uma revisão do sortimento ideal e sublocação de espaço ocioso.