No dia anterior ao aniversário dos atos criminosos de 8 de janeiro de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou ter convicção em ter tomado a decisão correta ao não passar a faixa presidencial para o adversário Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro afirmou, em um entrevista exclusiva à CNN, que conseguiu realizar uma transição de governo com uma “tranquilidade nunca vista” no Brasil.
Bolsonaro nega a intenção de golpe nos atos de 8 de janeiro

Bolsonaro também refutou a teoria de que os atos tivessem como objetivo promover um golpe de Estado. Quando questionado se temia ser preso, o ex-presidente solicitou “moderação” e “volta da normalidade” institucional. Também criticou o clima de “insegurança” que impera no país. “Qualquer pessoa no Brasil hoje em dia pode ser presa. Qualquer pessoa. Quem é qualquer pessoa? Você até. Qual a acusação? Não interessa. Alguém achou que você está atentando contra o Estado Democrático de Direito”, argumentou o ex-presidente.
A posição de Bolsonaro sobre a liberdade de expressão
Em meio às restrições à liberdade de expressão, gerando censura, Bolsonaro fez questão de ressaltar a necessidade de moderação e retorno à normalidade por parte dos Poderes Executivo e Judiciário. Bolsonaro também acredita que, apesar das diferenças ideológicas, não houve dificuldade da chapa vitoriosa em ter acesso aos dados do governo em fim de mandato e a transição foi conduzida com “tranquilidade”. O ex-presidente afirmou categoricamente que “jamais passaria a faixa a esse cidadão Lula, essa pessoa de triste memória para todos nós. Autor, coautor, responsável por atos de corrupção os mais bárbaros possíveis aqui no Brasil, onde ele entregou o poder a grupos de políticos e outros em troca de apoio no parlamento”.
Bolsonaro enfrenta acusações de incitar os atos do dia 8 de janeiro
Cabe lembrar que Bolsonaro é alvo de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga as invasões dos atos do dia 8 de janeiro. A suspeita é que ele tenha incitado os movimentos. O ex-presidente, porém, nega veementemente as acusações. Mesmo diante desses fatos, o ex-presidente se mantém firme em suas decisões. Ele defende sua gestão durante a transição de governo e nega qualquer envolvimento em atos que objetivem um golpe de Estado.