A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) se manifestou, nesta terça-feira, 2 de janeiro, sobre o descumprimento da promessa do Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, de zerar a fila do INSS até o final de 2023. Conforme o documento divulgado, a associação prevê um acúmulo de até 2 milhões de requerimentos pendentes no próximo ano, sem a devida dotação orçamentária para atender a demanda.
Carlos Lupi: a polêmica promessa referente a fila do INSS

No início de 2023, ao assumir o cargo de ministro, Lupi prometeu que até 31 de dezembro não haveria mais filas de espera para atendimento do INSS. “Essa promessa foi feita de forma ufanista pelo ministro Carlos Lupi, que se orgulhou em declará-la para todos os cantos do país”, recorda a diretoria da Associação Nacional dos Médicos Peritos.
A ANMP também destaca que advertiu Lupi sobre os erros das medidas adotadas ao longo do último ano, mas esses avisos foram completamente ignorados pelo ministro.
Denúncias de má gestão
Entre as medidas criticadas pela associação, estão a degradação do programa de bônus, a redução da pontuação das tarefas, e a facilitação exacerbada da concessão de benefícios mediante a simples apresentação de atestados médicos.
“Tais políticas, desde o início, foram denunciadas por nós como fracassadas e, ainda pior, como responsáveis pela aniquilação do sistema previdenciário”, destaca o órgão em nota.
Consequências para o INSS e posicionamento da ANMP
Segundo a ANMP, o resultado dessas decisões desastrosas são filas enormes para atendimento e um aprofundamento do déficit previdenciário. Além disso, a associação expõe sua insatisfação com o trabalho do ministro Lupi.
“Ficou evidente que o ministro não tem a menor competência para realizar a missão que lhe foi confiada. É improvável que ele admita seus erros, tornando sua permanência à frente do ministério insustentável. O Brasil não merece Carlos Lupi e ele não merece o Ministério”, concluiu a associação.