Parágrafo de introdução: A dívida mundial alcançou um nível recorde em 2023, chegando a 307,4 trilhões de dólares, com os governos – nomeadamente os Estados Unidos, China, Japão e Brasil – gastando mais do que arrecadam.
Radiografia da dívida global

As despesas cada vez maiores dos Estados, juntamente com o aumento das dívidas corporativas, resultaram em níveis de dívida sem precedentes em todos os setores da economia global. As empresas não financeiras reivindicam a maior parcela da dívida, com cerca de 91,1 trilhões de dólares. No entanto, os governos ao redor do mundo estão atualmente em dívida no valor de impressionantes 88,1 trilhões de dólares, de acordo com dados do IIF (International Institute of Finance), que representa 400 instituições financeiras em 60 países.
Brasil: acréscimo de 660 bilhões na dívida pública
O Brasil não é exceção à tendência global de aumento da dívida pública. Os gastos do governo brasileiro atingiram 6,325 trilhões de reais em novembro de 2023, um aumento de 153,11 bilhões em relação a outubro. Além disso, o país adicionou cerca de 660 bilhões de reais à sua dívida pública em apenas um ano.
Projeções futuras
O IFF prevê que os déficits orçamentários dos países ricos permanecerão acima dos níveis pré-pandemia em 2023, levando a um aumento anual da dívida pública global de 5,3 trilhões de dólares entre 2024 e 2027. A OCDE prevê um cenário semelhante para o Brasil: a dívida pública do país deve chegar a 80% do PIB até 2024 e aumentar para 90% até 2047. Essas previsões foram duramente criticadas pelo presidente brasileiro Lula.
Parágrafo de fecho: A dívida global atingiu um novo pico histórico em 2023, com países e corporações em todo o mundo endividando-se a um ritmo acelerado. Apesar do panorama desafiador, é primordial para a estabilidade financeira global que se trabalhe numa gestão responsável da dívida. Com isso, governos e empresas serão capazes de assegurar o crescimento económico e a prosperidade futura.