Os cenários econômicos globais têm apresentado oscilações significativas recentemente, com os investidores atentos aos múltiplos lançamentos de relatórios e declarações de figuras de autoridade em vários bancos centrais ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, constata-se particular apreensão em relação à divulgação do PIB às 10h30 e do auxílio-desemprego.
Nos futuros das bolsas americanas, um clima de otimismo parece prevalecer, com a expectativa de um acentuado salto de 5,2% do PIB do 3º trimestre. Esta projeção, inicialmente alarmante para os mercados, não deverá ter efeitos significativos na expectativa de reduções da taxa de juros. Juntamente com o anúncio do PIB, a divulgação da inflação ao consumidor de novembro (PCE) é altamente antecipada.
Qual a perspectiva para os juros no ano que vem?

Inúmeras previsões sugerem cortes mais percetíveis nos juros para o próximo ano. Apesar disso, os gestores do Federal Reserve (Fed) têm procurado moderar as expectativas de cortes acentuados. O próprio presidente da distrital do BC americano em Filadélfia, Patrick Harker, expressou que um relaxamento monetário imediato não deverá se realizar.
Como está o panorama na Europa e Ásia?
Na Europa, as bolsas estão em queda. O vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, recentemente afirmou que “é muito cedo” para discutir reduções nos juros, levando os investidores a antecipar um processo de alívio gradual.
Na Ásia, o panorama é diversificado. A bolsa de Tóquio caiu devido ao escândalo na Toyota, que resultou numa queda superior a 1%. A filial da empresa, Daihatsu, optou por suspender todos os seus veículos no Japão e internacionalmente após a descoberta de irregularidades. Contudo, os mercados chineses experienciaram uma recuperação, apesar das quedas registradas anteriormente. As bolsas de Xangai e Shenzhen registraram ganhos de 0,57% e 0,90%, respectivamente.
Em suma, o ambiente global de investimentos parece estar passando por tempos voláteis, com a atenção focada na política de juros. A expectativa agora se volta para os próximos desenvolvimentos nas principais economias, estando os investidores com os olhos bem abertos aos próximos anúncios dos bancos centrais.