Hoje no mercado financeiro internacional, o dia está marcado pela queda do rendimento dos títulos públicos europeus e americanos. Essa movimentação ocorre após a publicação de dados de inflação melhores do que o esperado, circunstância que vem aguçando o apetite dos investidores por ativos de risco.
Reflexo dessa mesma situação é percebido aqui no Brasil, onde o Ibovespa, principal índice acionário da nossa bolsa de valores, a B3, opera de maneira volátil, oscilando entre altas e baixas. Acompanhe a seguir como foi o dia nos mercados.
Qual a tendência do dólar e do Ibovespa?

No pregão de ontem, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,81%, vendida a R$ 4,8648. Com esse resultado, o dólar passou a acumular queda de 1,46% na semana, 1,03% no mês, e 7,83% no decorrer do ano de 2023. Simultaneamente, o Ibovespa caiu 0,06%, aos 131.778 pontos. Porém, na véspera o índice revelou alta de 0,59%, aos 131.851 pontos, renovando seu recorde histórico pelo segundo pregão consecutivo. Daí decorre que passou a acumular ganhos de 1,27% na semana, 3,55% no mês e 20,15% no ano.
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Internamente, as atenções estão voltadas para a recente prévia do PIB do Banco Central, que evidenciou uma ligeira retração da economia em outubro. No entanto, o resultado veio acima das expectativas do mercado. Enquanto a estimativa era de uma baixa de 0,30%, o resultado apontou queda de 0,06%. Este é o terceiro mês consecutivo de contração do IBC-Br, provocando uma retração de 0,42% da economia no trimestre móvel de agosto a outubro. Paralelamente, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, o indicador subiu 1,54% e em 2023, a prévia do PIB acumula alta de 2,36%, acompanhando uma elevação de 2,19% nos últimos 12 meses.
Além disso, outro destaque no mercado interno foi a elevação da nota de crédito do Brasil pela S&P Global Ratings de BB- para BB. Esta classificação indica um grau especulativo, o que significa enfrentar incertezas em relação a condições financeiras. Apesar disso, a subida abre caminho para que o Brasil fique a dois degraus do chamado “grau de investimento”.
Na economia global, observaram-se dados de inflação abaixo do esperado na Europa, levando a uma queda nos rendimentos dos títulos públicos do continente. Nesse cenário, o otimismo dos investidores com o rumo dos juros nos Estados Unidos desempenha um papel relevante. Assim, a manutenção das taxas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) inalteradas entre 5,25% e 5,50% ao ano favorece os ativos de risco, como mercados de ações e moedas de países emergentes.
Contudo, as declarações de Loretta Mester, de Cleveland, e Austan Goolsbee, de Chicago, membros do Fed, trouxeram alguma cautela ao sugerir que a esperança de cortes nas taxas de juros pode ter sido prematura.